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Tradução: Daniel M. Alves

Revisão e edição: Arnaldo Sisson Filho

[Embora o texto em inglês seja de domínio público, a tradução não é. Esse arquivo pode ser usado para qualquer propósito não comercial, desde que essa notificação de propriedade seja deixada intacta.]

 

 

(p. 70)

CAPÍTULO XXVII

 

SOBRE O PANTEÍSMO CRISTÃO (3)

 

1. (*) A CRUCIFICAÇÃO de Jesus foi um fato real, mas ela também teve uma significação espiritual; e é a esse significado espiritual, e não ao fato físico, que todos os escritos místicos dos cristãos se referem.

            2. A verdade fundamental que está contida na crucificação é o Panteísmo. Deus está em todas as criaturas; e o estágio de purificação pelo fogo, pelo do qual todos os seres estão agora passando, é a crucificação de Deus.

(p. 71)

            Jesus, por ser o mais perfeito dos iniciados, é escolhido pelos místicos cristãos como aquele que representa Deus. Jesus é para eles o que Buda é para os místicos budistas: Deus manifestado na carne. Em sua crucificação, portanto, ele é símbolo e modelo da contínua crucificação de Deus em suas criaturas que sofrem, cuja crucificação é o meio e a causa de sua purificação, e assim de sua redenção.

            “Estas”, Deus o diz, “são as feridas que recebi na casa de Meus amigos.” (1) O que significa, “Estou ferido no corpo ou pessoa de todas as Minhas criaturas – as quais estão ligadas a Mim.” Pois “a casa de Meus amigos” não é senão a frase mística para designar o templo dos corpos dos demais.

            “Entrai vós em minha casa, Ó Senhor!” clama a alma santa que deseja ser visitada – enquanto no corpo – pela Presença Divina. E o Homem-Deus, mostrando suas cinco feridas místicas aos Anjos, assim proclama: “Estas são as feridas de Minha crucificação, nas quais Eu sou continuamente ferido nas pessoas daqueles que são Meus. Pois Eu e Meus irmãos somos um, assim como Deus é Um em Mim”.

 

NOTAS

 

(70:*) N.T.: Essa numeração indica os parágrafos no original, em inglês.

(70:3) Recebida durante o sono. Paris, 22 de junho de 1879. Mencionada em Life of Anna Kingsford, Vol. I, pp. 305, 309-310.

(71:1) Zacarias 13:6. A julgar pelo contexto, ou a passagem está corrompida, ou a citação advém de alguma Escritura não mais existente. E.M. 


 

 

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