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Tradução: Daniel M. Alves

Revisão e edição: Arnaldo Sisson Filho

[Embora o texto em inglês seja de domínio público, a tradução não é. Esse arquivo pode ser usado para qualquer propósito não comercial, desde que essa notificação de propriedade seja deixada intacta.]

 

 

(p. 69)

CAPÍTULO XXVI

 

SOBRE O APERFEIÇOAMENTO DE CRISTO (1)

 

1. (*) LOGO após eu ter falado do equívoco cometido pelos cristãos ao considerarem Jesus como sendo uma perfeição que já veio pronta, tive uma visão instantânea confirmando o que eu estava dizendo. Pois ela descrevia para mim o aperfeiçoamento gradual do Cristo

(p. 70)

através do sofrimento, ou experiência; e uma voz pronunciou em alto tom as palavras “Não seria necessário que Jesus tivesse sofrido todas estas coisas, e só então entrasse em sua glória?” E outras passagem do mesmo tipo também me foram trazidas à mente. (1)

2. Logo em seguida, me encontrei, durante o sono, sentada no sopé de um morro e entalhando uma cruz de madeira. E um homem jovem veio a mim e disse, “Só eu sei como fazer cruzes, e lhe mostrarei como fazer, se você vier comigo”. Achei que ele fosse Jesus (2) e o segui. Na conversa que tivemos, que foi longa, mas da qual me lembro apenas uma pequena parte, ele falou muito sobre a dificuldade que há no caminho de qualquer um que deseje alcançar uma plena revelação, devido à deterioração do organismo humano causada por hábitos impuros de vida, em particular com relação à comida, através da qual o sangue é contaminado e os tecidos se tornam incapazes da sensibilidade necessária à perfeita visão interior.

Mesmo com todas as suas vantagens, disse ele, de uma paternidade e de uma maternidade tão puras quanto a terra poderia oferecer, ele mesmo não foi capaz de alcançar o conhecimento perfeito, e agora, depois de quase dois mil anos de crescente degeneração, não há qualquer esperança de se alcançar essa plenitude. Isso virá apenas quando o mundo tiver, por muitas gerações, vivido puramente, e o organismo humano tiver recuperado, em grande medida, a perfeição que lhe é propriamente devida, e a qual já teve outrora.

É para o homem frugívoro, e somente a ele, que a Intuição se revela, e dela vem toda revelação. Pois entre ele e seu espírito não há barreira de sangue; e apenas nele podem o espírito e o homem estar unificados.

 

notas

 

(69:*) N.T.: Essa numeração indica os parágrafos no original, em inglês.

(69:1) Paris, 1 de outubro de 1879. Recebida durante o sono. Mencionado em Life of Anna Kingsford, Vol. I, p. 315.

(70:1) Lucas 24:26 (Versão Douay); Hebreus 5:7-9; Pedro I 4:1.

(70:2) Mas posteriormente ela acreditou que ele fosse Hermes assumindo, como é de seu costume, um personagem de acordo com sua mensagem. E.M. 


 

 

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