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Tradução: Daniel M. Alves –
Revisão e edição:
Arnaldo Sisson Filho
[Embora o texto em inglês seja de domínio público, a tradução não é. Esse arquivo pode ser usado para qualquer propósito não comercial, desde que essa notificação de propriedade seja deixada intacta.]

 

 

(p. 68)

TRIGÉSIMO QUINTO DIA

 

Oração – 2

 

           1. (*) Pergunta: O que é a verdadeira Oração?

 

          2. Resposta: A verdadeira Oração é a devoção da alma do homem aos seus verdadeiros interesses, o fervoroso clamor da alma pela libertação do domínio dos Sentidos, e pela visão da permanente e duradoura vida que é seu Direito inato.

 

            A oração por graças terrenas, por dinheiro, pela vida, por saúde, na medida em que todas se devem a causas corporais, não são do interesse do mais elevado, dentro ou fora do homem; e se isso parece ser atendido, isso é o resultado de coincidência ou ainda da influência (mais poderosa do que os homens imaginam), que ela tem sobre as mentes e as ações daqueles capazes de atendê-la. Isso é o resultado de uma forte força de vontade sobre as coisas relacionadas aos sentidos.

 

            O corpo e o cérebro do ser humano são usados na verdadeira oração como os ministros daquilo dentro do homem que é duradouro. Na falsa oração aquilo que é interno e perene é usado para atender ao externo e passageiro, e a verdadeira ordem da evolução e invertida.

 

            3. Pergunta: A oração espiritual é atendida?

 

          4. Resposta: Sim, se a alma se voltar resolutamente à sua Origem. De acordo com a sinceridade e a força dessa devoção, a Origem de seu ser se faz conhecida à alma, e ela vê e conhece a verdade.

 

            5. (Em resposta a uma pergunta.)

            O sonho de que você fala estava ligado a nós. Gostaríamos que você se entregasse às nossas mãos seguro de que somos seus amigos e amigos da Terra, com fé de que nenhum mal lhe ocorrerá; contudo, comprovando posteriormente tudo o que escreve através

(p. 69)

de cuidadosa comparação, e de cuidadosa busca com o entendimento de tudo aquilo que contém de ouro e de tudo o que contém de impureza, separando um do outro.

 

            6. É bem verdade que se sua vida estivesse mais em harmonia com seu ideal, poderíamos orientar sua mente mais verdadeiramente.

 

            7. O conflito, as diferenças, a luta entre o seu ser superior e o inferior, a falta de fé no Celestial, são sérios obstáculos ao nosso trabalho e ao seu próprio progresso no conhecimento de Deus.

 

            8. Não podemos contar-lhe aquilo que você já não conhece no mais profundo de seu próprio espírito, porque seu espírito e os espíritos de todos os homens são de Deus e podem possuir Deus, e nós não possuímos nada que não seja Deus (1).

 

            9. Mas nós podemos ajudá-lo; nós podemos orientá-lo e a todos os homens para esse fato, para a luz que brilha dentro da radiante promessa que nos vem do alto, e que é realizada no homem somente através da fé consciente.

 

           10. Quando souberdes, como nós sabemos, que Deus existe dentro de vocês e não somente fora de vocês; quando buscardes lá no fundo de suas próprias almas o reino dos Céus, então atingireis aquele nascimento do Espírito do qual Cristo falou: “A menos que o homem nasça da água e do Espírito, ele não pode ver o reino dos Céus”. (2)

 

           11. Aquilo que vocês precisam na Terra é a interpretação de suas Bíblias, e de todas as Escrituras que contém a sabedoria oculta, o mistério de que São Paulo tão freqüentemente mencionava como existindo desde os primórdios do mundo. (3)

 

            12. Esta interpretação pode apenas vir a vocês por meio daquele “Espírito” que Cristo comparou ao vento. “Nenhum homem conhece de onde ele vem, nem para onde vai.” Cristo sabia que este “Espírito” era bem diferente da inteligência do homem sábio (Nicodemos), que era incapaz de decifrar o significado até mesmo das coisas terrenas.

 

            13. Na medida em que você ler e pensar mais, mais lhe será manifestado. Não desanime, nem se desencoraje, pois este estágio de uma necessidade da verdade, profundamente sentida, precede a manifestação da

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Verdade. Leia tudo que escreveu, e organize esses escritos para harmonizá-los com seu mais verdadeiro entendimento. Então lhe mostraremos mais.

 

            14. (Em resposta a uma pergunta.)

            Despertar no homem um senso de sua própria escuridão é o primeiro passo.

 

            15. O estabelecimento na mente do homem de uma convicção acerca da lei do crescimento, ou contínua aproximação da Natureza a um padrão mais elevado; a compreensão pelo homem de que tem havido ao longo da história de seu Planeta uma incessante reconstrução pela Natureza, em suas tentativas de alcançar aquilo que está acima dela – essas tentativas desenvolveram no homem uma firmeza de fé de que esse remodelar, essa gradual aproximação à perfeição, deve continuar em si mesmo, que é a expressão de ser mais elevada da Terra. E essa é a Rocha do Entendimento (Pedro), sobre a qual Cristo constrói agora esta nova Terra e este novo Céu, predito pelos profetas da antiguidade.

 

            16. (Em resposta a uma pergunta.)

            Você se enfraquece e cai porque sua fé e tão fraca. Mas ela crescerá. Organize sua casa com mais cuidado, e ame todos ao seu redor sem restrições. Seu amor precisa crescer e irradiar em um círculo cada vez maior. Não há fim, nem limite, para a circunferência do amor. O verdadeiro amor não pode jamais deixar de se expandir.

 

            17. Uma boa analogia é a pedra jogada na água, com a diferença de que na água há um limite, enquanto não há limite para o oceano espiritual que o verdadeiro amor abarca. O que agora lhe freia é a necessidade de uma vida espiritual mais verdadeira, e a compreensão de que uma vez estando dentro de você, qualquer especulação e mesmo qualquer conhecimento se tornam perigosos se não estiverem acompanhados de um esforço prático, se não se manifestarem em Ação.

 

NOTAS

 

(68:*) N.T.: Essa numeração indica os parágrafos no original, em inglês.

(69:1) N.T.: Assim como nas parábolas de Jesus que dizem que aqueles que possuem mais lhes será dado, e terão em abundância, e que aqueles que não possuem, mesmo o que pensam que possuem lhes será tirado (Lucas 8:18, 19:26; Mateus 13:12, 25:29; Marcos 4:25). Ou seja, os que possuem algo verdadeiramente, possuem algo de Deus, no Amor, e os que pensam possuir coisas materiais, que podem ser guardadas egocentricamente, por serem coisas passageiras, mesmo essas lhes serão tiradas.

(69:2) N.T.: Em João 3:5.

(69:3) N.T.: Em Romanos 16:25.

 

 

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