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Tradução: Daniel M. Alves –
Revisão e edição:
Arnaldo Sisson Filho
[Embora o texto em inglês seja de domínio público, a tradução não é. Esse arquivo pode ser usado para qualquer propósito não comercial, desde que essa notificação de propriedade seja deixada intacta.]

 

 

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TRIGÉSIMO TERCEIRO DIA

 

Cristo, o Ser de Gloriosa Felicidade

 

            Espírito que fala: Você nos pergunta mais sobre Cristo. Nós dizemos que Cristo é o modelo sagrado para vocês da vida humana na Terra, a antevisão do que essa vida deveria ser, do que ela seria se os homens tão somente incorporassem sua imagem ao âmago de suas almas. Não a vida humana como Jesus de Nazaré a viveu; sempre oprimida em meio a céticos adoradores de demônios, (1) a auto-investidos juízes das possibilidades do divino dentro do homem; mas antes uma vida humana como teria sido a vida de Jesus em meio a uma humanidade espiritualizada.

 

            Quando Jesus de Nazaré apareceu, o mundo mal suportava olhar, e muito menos absorver, tal visão de verdadeira humanidade, (2) a humanidade do ser humano feito à imagem de seu Pai. Então se fez a intensidade do amor espiritual que habita na alma Divina de Cristo e afirmando seu inerente privilégio como sendo o “Amado” do

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Pai, emanado da Hierarquia Celestial com o objetivo de manifestar tal modelo para a Terra.

 

            Mas vocês pensam que o desgaste, as lutas, a agonia, a perseguição até a morte e as tristezas profundas vinculadas à manifestação do Divino na Terra realizada por Cristo, eram inerentes à própria imagem erguida de tal forma que pudesse atrair todos os homens para ela? Nada disso; esses sofrimentos foram as conseqüências diretas da escuridão da visão espiritual do homem, proclamando alto e em bom som a sua profunda carência de luz espiritual. A hora para a manifestação dessa luz na Terra havia chegado; e na ardente profundidade do amor Divino que a inspirou, nenhum impedimento, nenhuma questão de sofrimento corpóreo ou espiritual a ser suportado, poderia separar Deus do ser humano.

 

            Observem esses próprios pesares e dificuldades da vida terrena de Cristo Jesus. Não foram eles próprios arranjados em tons profundamente harmônicos, relatando a belíssima pureza dessa visão imortal do homem iluminado por Deus? Eles não falaram, e não falarão para sempre em notas celestiais, inimitáveis na sinceridade de seu amor, para as mais abatidas almas dos homens?

 

            Vocês enxergam Jesus como um homem de dores, e verdadeiramente ele foi assim. Mas ele foi também um Espírito de alegrias, de alegrias tão puras, tão intensas, tão além de qualquer concepção terrena, que vocês até o momento falharam em percebê-las. O que essas palavras indicam? “Estas coisas eu falo no mundo para que nelas possa estar contida minha alegria”. [João 17:13] E novamente: “Essas coisas vos tenho dito, para que minha alegria permaneça em vós, e para que vossa alegria seja plena.” [João 15:11] Até que vocês possam compreender a natureza e o significado dessas alegrias imperecíveis, elas não serão reveladas a vocês. Em Cristo Jesus o mundo tem visto até o momento o Cordeiro paciente, sofredor e sacrificado, porque essa tem sido a concepção sobre aquele que tem tocado e despertado a humanidade. Mas você acha que com tudo isso Cristo não foi o Ser mais jubiloso, amoroso e inspirado por Deus que passou por vossa Terra? O mais

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transcendente em poder e o mais divino na compreensão da vida terrena e celestial?

 

            O desenvolvimento de vosso “Cristianismo” ao longo das eras, desde que Ele apareceu sobre a terra, tem certamente provado que se Ele tivesse expressado o Divino sob qualquer outra forma que não aquela da vida modesta, humilde e sofredora de homem, as concepções falsas e egoístas dos homens sobre o Divino os teriam levado para ainda mais longe da verdade do que já fizeram ao darem forma aos ensinamentos e à personalidade terrena de Cristo. Nada menos do que a vida que Ele abraçou na Terra teria dado ao mundo um sentido do amor e do poder combinados da própria manifestação do Divino Pai à humanidade.

 

NOTAS

 

(64:1) Assim chamada como afirmação da origem e natureza diabólica da doutrina construída pelos sacerdotes de uma Deidade apreciadora de sangue e da salvação por meio do sacrifício vicário.

(64:2) N. Ed.: O estado ou qualidade de ser humano.

 

 

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