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Tradução: Arnaldo Sisson Filho

[Embora o texto em inglês seja de domínio público, a tradução não é. Esse arquivo pode ser usado para qualquer propósito não comercial, desde que essa notificação de propriedade seja deixada intacta.]

 

 

(p. 33)

DÉCIMO OITAVO DIA

 

O Trabalho de Cristo

 

             1. (*) (Em resposta a uma pergunta.)

            Espírito que fala: Não abandone nenhum trabalho prático, mas, antes, assuma mais pouco a pouco. Trata-se de uma falsa teoria, contrária à verdade, que o trabalho prático desqualifica para o trabalho espiritual. O trabalho prático desenvolve a natureza espiritual e nunca pode ser dissociado de seu desenvolvimento. Nenhuma vida pode ser equilibrada e sadia se ela for inteiramente dedicada à contemplação e à meditação.

 

            2. Em tal vida haverá uma necessidade da realização da idéia em ação. A própria idéia carece de sentido separada da

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ação; e esse é o segredo da formidável força de Cristo, que ainda verte e flui de seu ensinamento para o mais íntimo ouvir da Humanidade. Ele ensinou aquilo que ele praticava, ele praticou aquilo que ele ensinava. Ao agir assim ele mostrou seu ensinamento para os corações dos homens, por todos os tempos.

 

            É verdade que a origem de sua prática estava em seu ser, em seu contato direto com a Fonte de toda a vida e de todo poder prático. Assim sendo, a prática não exigia nenhum esforço para ele. Ela fluía dele e através dele na absoluta harmonia de uma pura corrente de vida, e em nada diminuía sua força para novas ações.

 

            Nascida da fonte da Divina Compreensão e Compaixão, a Ação irradiava dentro dele e ao seu redor como a luz irradia dentro e ao redor do sol. Perfeito pensamento ou conhecimento, e perfeito amor, com sua resultante perfeita ação, era Cristo, é Cristo e será Cristo por todos os tempos.

 

            3. Este é o segredo do Cristo no homem. Jesus foi a primeira manifestação completa dele na Terra, o primeiro Filho de Deus e Filho do homem unidos, nascido do Céu e nascido da Terra, a primeira testemunha da finalidade e destino gloriosos para os quais a Terra e o homem existem.

 

            Ele paira acima de todos os outros homens, radiante de esperança e promessa para toda a humanidade, exemplificando a plena realização de uma humanidade espiritual animada com o poder e o amor de Deus unidos.

 

            Não mais confundam com essa imagem gloriosa o ambiente e o sofrimento que foram uma ocorrência necessária na manifestação de Cristo na época em que ele apareceu, e uma necessária conseqüência da não compreensão da Terra acerca do propósito e da promessa tão grandes para a humanidade.

 

            Nem por um momento imaginem que a promessa feita para Abraão, “e em ti serão benditas todas as famílias da terra” [Gênesis 12:3], se referia a uma distante salvação da justa punição do pecado – depois daquilo que vocês chamam de morte. Ela se referia primeiro e antes de tudo a essa gloriosa evolução manifestada através de Cristo Jesus, da estatura ou estado de Cristo; se referia à desenvolvida incorporação do Próprio Deus dentro do homem,

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a qual o Cristo Jesus, a descendência de Abraão, deveria realizar e revelar para a família humana.

 

            Aqui reside o eterno poder de Cristo sobre o homem. Como a aurora é para a luz do dia, assim ele foi para a Humanidade, o precursor da grandeza da Humanidade em Deus. “Em verdade, em verdade vos digo: Aquele que crê em mim, esse também fará as obras que eu faço, e as fará maiores do que estas; porque eu vou para o Pai” [João 14:12], porque minha vida na sua Terra revelou para vocês a plena realização da sua própria condição de ser humano.

 

            4. Assim como a plena luz do luar que ilumina a escuridão do homem, assim foi o Cristo Jesus o reflexo para os homens do sol deles mesmos, do Deus deles próprios, como a causa, o poder vivificante de suas vidas.

 

            Não importa quais as igrejas, quais os credos ou quais as seitas que corporificam a lealdade do homem a Cristo, ou como esses os corporificam; não importa quais os erros, quais as más interpretações, quais os resultados contaminados pela miséria que surjam da vossa adoração a ele. Ele é a mais verdadeira idéia que a Terra expressou. Ele é o modelo eterno que representa o homem, ao mesmo tempo o desvelar de Deus através da raça dos homens, como a manifestação de Deus através de cada membro individual daquela raça.

 

NOTA

 

(32:*) N.T.: Essa numeração indica os parágrafos no original, em inglês.

 

 

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