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Tradução: Arnaldo Sisson Filho
[Embora o texto em inglês seja de domínio público, a tradução não é. Esse arquivo pode ser usado para qualquer propósito não comercial, desde que essa notificação de propriedade seja deixada intacta.]

 

 

(p. 29)

DÉCIMO QUINTO DIA

 

Evolução, a Individuação de Deus

 

            1. (*) Espírito que fala: Tentaremos fazer o melhor uso de sua fé. Ensinaremos a você a respeito do Mal e qual a sua natureza.

 

            O mal é a negação de Deus ou do bem por parte dos homens; é a cegueira de que falamos ontem, tanto a escuridão que não compreende a luz, como a escuridão mais profunda que se recusa a ver que há escuridão, e chama a escuridão de luz.

 

            Essa forma de mal foi o que levou Cristo a dizer aos fariseus, “Se fosseis cegos, não teríeis pecado; mas agora dizeis: Nós vemos! Desse modo vosso pecado permanece.” [João 9:41]

 

            Enquanto o homem procura o mal e aceita a sua supremacia, ele o reterá em seu corpo, em sua alma, em seu ambiente e em sua vida. Na exata medida em que exaltar o poder do mal sobre si mesmo ele o reterá consigo.

 

            2. Contudo, você diz, como pode o homem negar o poder do mal, vendo o pecado, a doença, a pobreza e a morte dentro de si e ao seu redor?

 

            É verdade que há o mal ao redor do homem. Suas terras e cidades estão cheias de todas as formas abomináveis de mal, as quais nós vemos e contra as quais lutamos mais ardorosamente do que vocês o fazem, porque em nós o véu que encobre Deus, ou o bem no Universo, é menos denso do que em vocês, e nessa medida são nossas faculdades para discernir o seu mal, ou sua negação do bem, mais claras e mais fortes do que

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as de vocês.

 

            O poder de Deus ou do bem é a negação do mal, a negação de Deus ou do bem é o poder do mal.

 

            Como a nossa percepção de Deus é mais clara do que a vossa, segue-se como a noite segue o dia que o nosso senso da vossa negação de Deus é também mais forte do que o vosso. Não fosse assim nós não seríamos o que lhe falei ontem que nós somos, isto é, um degrau mais alto em comparação ao vosso próprio reconhecimento do mal em vossa ascensão para Deus – em vossa evolução.

 

            3. A gradual percepção de Deus ou do bem na Terra é a concretização da lei da Evolução, a qual vocês estão começando a compreender na amplitude da verdade e da luz que ela abrirá para vocês.

 

            Cada passo nessa escada que é dado pelo homem é impelido por aquela forte necessidade ou desejo por nutrição e expansão, que seus cientistas lhes dirão que subjaz à lei do crescimento através de toda a Natureza. Em outras palavras, cada visão mais ampla de Deus ou do bem no homem deve necessariamente abrigar em si mesma uma mais ampla percepção de sua própria passada e presente negação de Deus – uma mais ampla convicção do pecado.

 

            Na medida em que as compreensões dos homens são tão desigualmente desenvolvidas como são seus corpos ou formas externas, assim também sua mais ampla visão deve ser, e é, expressa por um homem ou por uma raça de forma mais avançada do que o estado geral de qualquer época.

 

            Enquanto a Terra existir, a necessidade de crescimento do homem deve ser expressa pelo Profeta e pelo Poeta; e assim esses devem apontar ao homem aquilo que está além da visão de seus companheiros contemporâneos.

 

            4. Recapitulamos: O mal é a negação de Deus ou do bem. – A necessidade do homem por expansão e nutrição, e a conseqüente percepção dessa negação, desse mal dentro e ao redor dele, são as causas de sua mais ampla visão de Deus ou do bem.

 

            5. A visão mais ampla de Deus nasce do esforço que promove todo o crescimento.

 

            6. Desse modo o mal e o reconhecimento do mal pelo homem deve ser um passo inevitável em sua mais ampla consciência e progresso em direção a Deus ou ao bem. Assim o pecado e o sofrimento estão

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incluídos no Amor Divino que se manifesta através da individuação e da evolução da Divindade do homem, desde o caos e da ausência de forma.

 

            7. Somente quando essa lei da evolução tiver ocupado da mente do homem, em sua plena influência, como sendo a própria manifestação de Deus sobre a Terra, é que será visto que o pecado e o sofrimento não são mais elementos necessários para o avanço do homem.

 

            8. Então o homem avançará para aquele plano de seu ser onde ele deverá tornar-se consciente de que Deus ou o bem reina supremo através do universo, e de que o mal surgiu da não consciência do homem a respeito desse fato. Então o homem cooperará conscientemente com Deus no sublime cumprimento de seu próprio destino e do amor de Deus.

 

NOTA

 

(29:*) N.T.: Essa numeração indica os parágrafos no original, em inglês.

 

 

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