Índice Geral das Seções   Índice da Seção Atual   Índice da Obra   Anterior: 13 - Amor, o Redentor   Seguinte: 15 - Evolução, a Individuação de Deus

 

 

Tradução: Moema Alencar e Gilmar Gonzaga
Revisão e edição:
Arnaldo Sisson Filho
[Embora o texto em inglês seja de domínio público, a tradução não é. Esse arquivo pode ser usado para qualquer propósito não comercial, desde que essa notificação de propriedade seja deixada intacta.]

 

 

(p. 27)

DÉCIMO QUARTO DIA

 

O Sentido da Época

 

            1. (*) Pergunta: É verdade que a Fé, mesmo a fé cega, pode produzir resultados físicos, mentais e morais na Natureza e no Homem? E se for assim, qual a lei que fundamenta essa verdade?

 

            2. Resposta: A fé que se origina de Deus, que aspira a Deus ou o Bem, é a confiança dentro do homem que Deus não o abandonou, que Deus ou o bem está presente e pode se manifestar dentro de sua vida.

 

            Agora, essa confiança está baseada em Fato eterno, e não pode ser negada por uma miríade de línguas, nem pela falsa ação de uma miríade de vidas que estão fora de sintonia com o Fato.

 

            A fé cega é o instinto dessa intuição, e produz os mesmos resultados em um grau menor do que a intuição ou fé verdadeiras. Ambas são o reconhecimento do fato, apenas, no caso da fé cega o reconhecimento é parcial, sendo essa baseada não na compreensão das leis que regulam a expiração e inspiração da força espiritual, mas somente no reconhecimento que Deus é Bom, e que o homem, sua criatura, será suprido em todas as suas necessidades.

 

            Não comunicamos nosso pleno significado a você; mas tentaremos fazer isso mais tarde, quando sua mente estiver mais receptiva e mais sintonizada com as harmonias das esferas espirituais, e quando nós pudermos dirigir através de você um melhor fluxo de expressão e linguagem. Continue escrevendo,

(p. 28)

não tema que venhamos prejudicar sua mente, ou substituir a verdade Divina que está latente em você assim como em todos os homens.

 

            Há forças aqui que vocês homens nem imaginam, as quais irão direcionar um fluxo contínuo do bem ou Deus para a Terra, e que buscam somente o despertar da compreensão do homem e a abertura de sua intuição a fim de remover da Terra o pecado, o sofrimento e tudo o que torna possível o choro amargo que ouvimos.

 

            Não, homem, você nasceu para a Divindade, e nenhum poder, celestial ou humano, pode arruinar a finalidade que você deve expressar, ou tornar a própria manifestação de Deus em você um fracasso.

 

            3. Pergunta: De onde vêm, então, estas pesadas nuvens de pessimismo que sentimos?

 

            4. Resposta: Aquilo que você chama de pessimismo é a expressão de sua própria ignorância, a corporificação de sua cultuada deificação do mal por um longo tempo, a qual procede da ignorância.

 

            5. Lamentamos essa cegueira, porque vendo nós percebemos, e ouvindo nós entendemos. Lamentamos, também, seus sofrimentos. Como o bom médico nós prestaríamos auxílio nas dores que dão nascimento ao ser superior em vocês; nós suavizaríamos as lutas que farão nascer em vocês a nova visão, a qual completará seus longos penosos esforços, que perduram através de eras.

 

            6. A evolução é boa, e, portanto, o sofrimento é o meio da humanidade para alcançar fins Divinos. Deveríamos, então, deplorá-lo, deveríamos aliviá-lo? Sim, verdadeiramente, porque nós também somos bons; nós também somos meios para fins Divinos; nós também somos instrumentos para promover essa “evolução”.

 

            Buscamos entrar em suas vidas porque nós devemos assim fazer, pela pura força da evolução; ou como preferimos expressar isso, somos um elemento na manifestação do Amor Infinito de Deus através da Natureza. Não somos nós um elemento tão necessário nessa manifestação como a cegueira e o sofrimento que desejamos curar, e um elemento mais pleno e mais adiantado nessa manifestação do que aqueles outros?

 

            Se ireis compreender, deveis observar todas as coisas e

(p. 29)

ajustar suas vidas aos limites mais avançados de sua visão. Aqueles limites estão sempre se expandindo, e eles agora abrem para sua visão a luz brilhante da consolação da Terra por meio de nós.

 

            7. Você não observa os sinais dos tempos, o reconhecimento pelo homem de sua própria escuridão, de sua própria enfermidade, que deve necessariamente anteceder a um sincero clamor por alívio?

 

            O que significa o seu “moderno ceticismo”, senão a expressão da sua profunda insatisfação com a presente manifestação de Deus em suas vidas; a consideração da “trave” em seus próprios olhos (Mateus 7:3), que deve preceder sua retirada para a purificação e para a amplificação de sua visão do Céu e da Terra?

 

NOTA

 

(27:*) N.T.: Essa numeração indica os parágrafos no original, em inglês.

 

 

Índice Geral das Seções   Índice da Seção Atual   Índice da Obra   Anterior: 13 - Amor, o Redentor   Seguinte: 15 - Evolução, a Individuação de Deus