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Tradução: Moema Alencar e Gilmar Gonzaga
Revisão e edição:
Arnaldo Sisson Filho
[Embora o texto em inglês seja de domínio público, a tradução não é. Esse arquivo pode ser usado para qualquer propósito não comercial, desde que essa notificação de propriedade seja deixada intacta.]

 

 

(p. 25)

DÉCIMO TERCEIRO DIA

 

Amor, o Redentor

 

             1. (*) (Eu havia recém me irritado com algum desentendimento em minha casa e havia perdido o autocontrole ao tentar resolve-lo. Quando tentei escrever, na hora costumeira, nenhuma palavra veio por algum tempo, e senti um desapontamento. Finalmente percebi as Influências ao meu redor, e escrevi.)

 

            2. Espírito que fala: Nós estamos aqui. Nós esperamos por você. Não podemos nos comunicar com você quando há aflição em sua mente e em seu temperamento. Você deve ter mais amor, e não ocultar do mundo e daqueles com os quais você vive, aquilo que está mais próximo e que lhe é mais caro – sua percepção da presença na Terra de um vasto Universo Espiritual, com suas influências curadoras, e seu auxílio efetivo aos homens.

 

            Aqueles que lhe prestam serviço são nossos seres queridos também; suas vidas, sua paz e sua verdadeira alegria é nossa preocupação.

 

            Aquela em quem você está pensando pode agora ver como ela mal julgou os que lhes prestaram serviço, e quão falsas eram suas relações com eles em sua vida terrena; e ela gostaria que você reparasse suas faltas fazendo de sua vida uma bênção para todos aqueles dessa classe entre os quais você vive.

 

            Ame-os como você ama seus filhos, e não tema que vá incorrer sequer em perdas materiais ao assim agir. Se você, por outro lado, mantiver antagonismo em sua atitude para com eles, você diminui nessa medida o seu amor que é sua Natureza Divina, e você diminui nessa medida o amor deles, que é também a Natureza Divina deles.

 

            Encare de frente esses problemas e outros similares a esses, e não os esconda de nós, seus melhores amigos. Nós te amaremos através deles; e aquilo que você deseja, um amor como o de Nossa Senhora e uma radiante compaixão de Alma, enviará seus raios bem longe ao seu redor, e tornará o amor de Deus em você uma palavra abençoada na boca dos homens.

 

            Doe livremente de tudo o que você possui, e não enterre seus talentos – de amor, simpatia, auxílio, cura e mesmo de seu amaldiçoado dinheiro. Amaldiçoado, nós o chamamos, porque ele impede o Divino em você e em todos contra os quais ele golpeia.

 

            Se você estivesse aqui, você sangraria, metaforicamente falando, tão intenso seria seu desejo de comunicar à Terra, a brutal insensatez, o engano profundamente enraizado dessas riquezas e seus cuidados, em relação aos quais, tanto como você, nós fomos vítimas em um momento ou outro de nossa existência.

 

            3. O homem luta e se esforça, sofre, desfalece e morre em sua ambição de toda a vida em busca do ouro e seus cuidados, nunca satisfeito, nunca contente em parar e repousar, de modo que possa perceber seu erro e afastar-se dele.

 

            Você pergunta o porquê, enquanto o homem admite sua loucura e o profundo cinismo (interrupção do crescimento, nós o chamaríamos) que essa luta traz, ele, mesmo assim, não consegue se libertar? Suas necessidades pessoais podem ser poucas, sua aversão aos baixos motivos intensa, sua descrença, em relação ao término de suas próprias lutas, pode até mesmo ser profunda, mas, ainda assim, ele tem que dar voltas e voltas no moinho sem fim dos desejos terrenos, em uma dura e suada labuta que nunca termina.

 

            4. Isso é assim, porque ele sufoca – sim, nega – dentro dele o Espírito da Verdade, o qual Deus enviou para ser manifestado através de seu árduo esforço individual. Por que o homem não irá parar, sentar, e encarar aquilo que deverá provar-se como sendo fato irresistível? Por que ele não permitirá que nos tornemos conhecidos por ele, de modo que nós possamos convencê-lo de sua própria cegueira em relação às leis da Natureza e ao amor de Deus?

 

            5. Tão afundado ele está dentro de sua escuridão, tão permeado das ilusões dos sentidos, que ele não pode reconhecer ao seu redor nossas vastas esferas de amor, cheias de suas Humanidades que vivem, trabalham e evoluem, aguardando o alvorecer

(p. 27)

no homem da percepção do fato de sua própria cegueira, para pressionar sua multidão de verdades sobre sua alma.

 

            Como os fariseus do passado, o homem diz que não é cego, e desse modo ele fica ainda mais destituído de luz espiritual. Ainda assim, dentro dele – não bem formado e rudimentar – nós discernimos os olhos serão para ele uma salvação de todas as suas tristezas.

 

            Em prol dessa meta nós trabalhamos, instrumentos que somos no vasto desabrochar para o homem do Ser Divino da Natureza. Nós cuidamos e auxiliamos no desenvolvimento, em toda a humanidade, da faculdade da Visão intuicional, ou do completo reconhecimento do Espiritual dentro e ao redor do ser humano, o qual tem até agora sido um sentido revitalizador apenas para os poucos que vocês têm, com verdade, chamado de seus “Salvadores”.

 

NOTA

 

(25:*) N.T.: Essa numeração indica os parágrafos no original, em inglês.

 

 

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