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Tradução: Daniel M. Alves –
Revisão e edição:
Arnaldo Sisson Filho
[Embora o texto em inglês seja de domínio público, a tradução não é. Esse arquivo pode ser usado para qualquer propósito não comercial, desde que essa notificação de propriedade seja deixada intacta.]

 

 

 

CAPÍTULO VII

 

O Quádruplo Rio do Éden

 

            1. (*) UM EXAME cuidadoso dos princípios anteriormente apresentados nos ajudará na definição da real natureza e constituição do ser humano, às quais nem o materialista nem o sacerdote jamais fizeram justiça; o primeiro observando o homem apenas externamente e o segundo o vendo de forma completamente equivocada.

 

            2. Em primeiro lugar, o homem é um Microcosmo, e como tal contém dentro do seu sistema tudo o que está fora. (1) De modo que, o trabalho de criação, através da exteriorização, e o de redenção, por meio da interiorização, ocorre para o ser humano e dentro dele, assim como ocorre para o universo e dentro do universo – eles são de fato processos mutuamente interdependentes, são, na verdade, um só processo.

 

            Agora, com relação à constituição das coisas, a classificação mais simples é aquela quádrupla categorização já esboçada como compreendendo a projeção do espírito para a condição de matéria.

 

            Outras formas de apresentar gradações podem ser descritas pela criação de novos termos ou pela adoção de termos orientais, mas a seqüência é essencialmente a mesma – a saber, Energia ou Força; Substância ou Essência; Éter Astral; Matéria.

 

            No homem essas gradações têm correspondência como Espírito; Alma; Corpo Astral; Corpo Material. E tanto no macrocosmo como no microcosmo os dois primeiros são sempre celestiais e não manifestados, e os dois últimos são terrestres e manifestados.

 

 

“Vós Sois o Templo do Deus Vivo”

 

            3. Dentro da segunda categoria do dualismo o corpo físico é evidente para todos através da mediação dos sentidos, enquanto que o corpo astral é evidente para muitos através de um sentido ainda não exercitado comumente pela maioria das pessoas, mas que não por isso deixa de ser perfeitamente genuíno; e na verdade a ciência recentemente

(p. 22)

reconheceu e demonstrou a existência de um corpo etérico, ou corpo astral mais denso do homem através de um meio bastante comum. (*)

 

            Dentro da primeira categoria do dualismo há alguns homens e mulheres que encontraram a alma e vivem nela e para ela, mas dessas pessoas e da alma o mundo naturalmente não sabe quase nada; enquanto que aqueles seres excelsos para os quais o Espírito de Deus é a verdadeira luz da própria vida são os Cristos de todas as eras, os quais o mundo persistentemente não compreende e repudia.

 

            Desse modo, o indivíduo original e permanente está sempre dentro e consiste de espírito e alma, conhecendo e sendo conhecido no reino mais externo através de formas derivadas e transitórias de matéria, as quais são com demasiada freqüência tomadas erroneamente como sendo o homem verdadeiro.

 

            4. O homem, portanto, é a expressão e a manifestação individuada de princípios que existem em sua inteireza e perfeição em Deus, e sua meta é, assim, a realização desses princípios dentro de seu próprio ser, de modo a tornar-se um verdadeiro Filho de Deus.

 

            Que as grandes massas da humanidade estejam, no presente momento, inconscientes de sua real origem, natureza, potencialidades e destino deve-se ao fato de que suas consciências estão centradas na porção inferior da dualidade, ao invés de estarem centradas na porção superior da dualidade de seu ser – um estado que é indicativo de pouco desenvolvimento espiritual.

 

            Mas em todos os casos – com a exceção apenas daqueles que de forma persistente e deliberada desejam a sua própria dissolução como indivíduos – mais cedo ou mais tarde, a alma se afirmará em meio às camadas superficiais da matéria e “trará todas as coisas à lembrança”; e o homem, reconhecendo a alma como a única entidade digna de amor, de ser objeto de cultivo e de ser fonte de felicidade, irá direcionar conscientemente todas as suas energias para o aprimoramento e a purificação da alma, e por meio disso alcançará, por fim, a sua própria regeneração.

 

NOTAS

 

(21:*) N.T.: Essa numeração indica os parágrafos no original, em inglês.

(21:1) Por exemplo, como Deus subsiste em dois modos, o manifestado e o não manifestado, também o homem existe em dois modos, o encarnado e o desencarnado.

(22:*) N.T.: Provavelmente o autor se refira ao método descrito na obra The Human Atmosphere (A Aura Humana), do Dr. Walter Kilner, publicada em 1911.

 

 

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