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Tradução: Daniel M. Alves –
Revisão e edição:
Arnaldo Sisson Filho
[Embora o texto em inglês seja de domínio público, a tradução não é. Esse arquivo pode ser usado para qualquer propósito não comercial, desde que essa notificação de propriedade seja deixada intacta.]

 

 

 

CAPÍTULO XV

 

“Até o Estado de um Homem Perfeito”

 

            PARA onde, então, irá o homem, que é um homem e não uma criança, em busca da iluminação e da salvação de sua alma? Irá para o pretensioso Sacerdotalismo que lhe dá um livro, uma pessoa ou um evento – e autoritariamente o ordena idolatrar essas coisas? Ou irá para o Cristianismo recuperado, que exibe diante dele um Ideal, distante, divino, porém alcançável; e um sistema de vida e conduta independente do acaso ou do favorecimento, que conduz ao seguro bem-estar de si mesmo e de seus semelhantes, verificável pela auto-realização e baseado na própria natureza da existência?

 

            O homem por muito tempo tem duvidosamente escutado ao padre. Isso porque aquele inimigo da intuição declarou sua natureza e constituição como sendo totalmente vis, sua criação como sendo literalmente a partir do pó, sua herdada inescapável vileza e sua fundamental perversidade, exceto por um decreto arbitrário ou pela compra covarde de favorecimento por meio do sangue alheio [redenção vicária]. Aquele inimigo da intuição declarou também que sua eterna felicidade ou sofrimento é algo dependente de uma escolha condicionada, ela própria, pelos acidentes e pelo ambiente de um fragmento da vida terrena – em uma palavra, a intencional diferença radical e o abismo naturalmente intransponível que está para sempre estabelecido entre as naturezas divina e a humana.

 

            É chegado o tempo que o homem preste atenção outra vez à voz do profeta, que é a voz de Deus dentro dele. E aquilo que essa voz lhe diz hoje, do mesmo modo que ela sempre esteve pronta para lhe dizer ao longo das eras do passado – quando o homem abriu o ouvido do entendimento para ela – é simplesmente que ele e todos os seus irmãos, mesmo o menor de seus irmãos, são igualmente dotados de potencialidades divinas, as quais eles podem realizar ao máximo se eles tão somente

(p. 43)

assim o quiserem; que o inalienável privilégio inerente a toda a humanidade é a divindade, é Deus.

 

“Sede Vós Portanto Perfeitos”

 

            “Dentro de vós, Ó homem, está o universo; os tronos de todos os Deuses estão em vosso templo.

            Tenho dito aos homens: Vós sois Deuses; vós sois todos [feitos] à imagem do Altíssimo.

            Nenhum homem pode conhecer a Deus a menos que ele primeiro compreenda a si mesmo.

            Deus não é nada que o homem não seja.

            O que o homem é, isso Deus também o é.

            Do mesmo modo que Deus está no coração do mundo externo, assim também está Deus no coração do mundo dentro de vós.

            Quando o Deus dentro de vós estiver inteiramente unido ao Deus externo, então vós sereis unos com o Altíssimo.

            Vossa vontade será a vontade de Deus, e o Filho será como o Pai.” (1)

 

NOTAS

 

(43:1) Clothed With the Sun, Part II, Nº. 13 (2).

 

 

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