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Tradução: Daniel M. Alves

Revisão e edição: Arnaldo Sisson Filho

[Embora o texto em inglês seja de domínio público, a tradução não é. Esse arquivo pode ser usado para qualquer propósito não comercial, desde que essa notificação de propriedade seja deixada intacta.]

 

 

(p. 89)

CAPÍTULO XXXV

 

SOBRE A SAGRADA FAMÍLIA (1)

 

1. (*) HAVIA dois assuntos sobre os quais eu desejava ter mais luz, sendo que a explicação me veio de uma maneira incomum. Os assuntos eram os seguintes: (1) O verdadeiro significado do relato do evangelho sobre os pais e a infância de Jesus, sobre os quais tínhamos razões para considerá-los como tendo um significado místico e não literal; e: (2) A faculdade divinatória por meio de um cristal ou de uma vasilha.

Eu tinha recém acordado, e estava prestes a tomar minha costumeira xícara de café, quando fui surpreendida ao ver algumas palavras no líquido, enquanto que no mesmo instante surgiu, como um lampejo em minha mente, uma visão e explicação completa acerca do significado da Sagrada Família; e isto é o que eu recebi:

2. “Essa é (2) a taça divinatória de José, que representava o Egito espiritual da infância de Israel. O Egito foi o pai espiritual de Jesus, e Maria foi sua mãe espiritual, representando ela a pura intuição divina de Israel, e “virgem filha de Sião”. (3)

Sendo de origem judaica, Jesus foi ao Egito para ser iniciado nos mistérios sagrados do país de onde, através de Moisés, os Israelitas originalmente obtiveram a sua religião. Jesus, enquanto um Cristo, foi produto daquela religião e daqueles mistérios. Pois o objetivo deles era a produção de um homem tão aperfeiçoado, através do desenvolvimento de sua mente, a ponto de realizar a idéia divina de humanidade. Como um completo iniciado e adepto, um hierarca ou “mestre” dos mistérios, Jesus retornou à Judéia para realizar sua missão, recebendo das mãos de João – um profeta dos Essênios, que eram seguidores dos mesmos mistérios – seu batismo do espírito.

3. José, portanto, representa o Egito – no entanto, não como denotando o corpo, (4) mas sim a mente – e é um homem velho porque o Egito era mais antigo e predecessor de Israel, e também porque, na evolução do homem, a mente precede a alma na manifestação. E ao tê-lo como seu pai adotivo, Jesus é apresentado como adotando a sabedoria e a

(p. 90)

religião mais antiga e predecessora do Egito, para incorporá-las à Judaica. José, além do mais, por ser velho e viúvo, (1) representa o Egito em relação a sua juventude passada e a seu vigor perdido. O fato de que ele não é mostrado como o verdadeiro cônjuge de Maria, ou o pai real do seu filho, é porque, muito embora a mente possa ajudá-los por meio de seu conhecimento e sabedoria, o verdadeiro cônjuge da alma é o Espírito Divino, que é, assim, o verdadeiro pai do homem regenerado.

 

NOTAS

 

(89:*) N.T.: Essa numeração indica os parágrafos no original, em inglês.

(89:1) Paris, 27 de outubro de 1878.

(89:2) Significando, é claro, respostas a; o efeito de uma superfície brilhante, como a de um cristal, disco, ou fluido, exercendo a influência de magnetizar o sensitivo de modo a tornar objetivas quaisquer imagens ou idéias previamente subjetivas, quer em sua própria atmosfera magnética ou na de outra pessoa, ou na do planeta, essa última sendo a anima mundi. Ver nota ao fim do Cap. XXXII. E.M.

(89:3) Nesse aspecto Maria é a alma coletiva ao invés de apenas individual. E.M.

(89:4) Ver Parte II, Cap. XIII, “Hino ao Deus-Planeta” (6).

(90:1) De acordo com a tradição Cristã. E.M.

 

 

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