Índice Geral das Seções   Índice da Seção Atual   Índice da Obra   Anterior: 43 - Sobre o Desejo de Ter uma Comunicação Espiritual Semelhante   Seguinte: 45 - A União Cristã Esotérica

 

 

Tradução: Daniel M. Alves –
Revisão e edição:
Arnaldo Sisson Filho
[Embora o texto em inglês seja de domínio público, a tradução não é. Esse arquivo pode ser usado para qualquer propósito não comercial, desde que essa notificação de propriedade seja deixada intacta.]

 

 

(p. 84)

RESPOSTAS RECEBIDAS PARA AMIGOS (1)

 

Para o Amigo “C”:

 

Sobre a Questão de Porque Somente o Termo “Pai” É

Aplicado a Deus, uma vez que, Sendo Tanto a Força,

Quanto a Substância da Existência, Deus É,

Necessariamente, Tanto Mãe Quanto É Pai

 

            1. (2) Espírito que fala: Você pergunta sobre o nosso uso constante do termo “Pai” quando nos referimos a Deus. O propósito desses escritos é atrair homens e mulheres para a consideração da verdade contida no mais profundo interior de suas próprias consciências. Então, usamos o termo “Pai” porque para a maioria das mentes ele expressa (o que vocês chamam de) Deus, em termos de Suas mais próximas e íntimas relações com a humanidade. Isso suaviza aquele temor que é o maior obstáculo para seu amor. Vocês ainda não avaliam

(p. 85)

a plena importância para o ser humano daquele profundo amor assimilativo a ser sentido por ele pelo “Pai nos Céus”; um amor não limitado pela sensação de medo ou interesse próprio, um amor independente de quaisquer crenças, unicamente manifestado na ação no sentido de se elevar até o Objeto amado. Pois o amor tal como o entendemos significa a elevação espontânea de todo o ser para aquilo que é amado. É aquela atitude absorvente e unificadora do homem a Deus, que é a única que lhe trará a visão direta de Deus.

 

2. O ser humano está sempre pronto para definir aquilo que é de difícil definição, muito mais do que realizar aquilo que exige todo o seu esforço de vontade e fé. Apenas quando o homem tiver absorvido em seu ser a verdadeira natureza e abrangência desse amor que vem da Paternidade de Deus – de onde ele extrai suas mais tenras concepções da paternidade e maternidade terrenas combinadas – ele compreenderá tal visão mais próxima da plenitude infinita do amor redentor em Deus. Esse mesmo amor transformará em formas do mais elevado altruísmo todo o seu relacionamento com os homens e os animais. Somente então, também, poderemos julgar desnecessário continuar a falar ao homem sobre Deus como seu “Pai nos Céus”.

 

3. Mas ao mesmo tempo em que assim ressaltamos a Paternidade de Deus, sempre tivemos em nossos pensamentos a Maternidade Divina que isso implica. O mundo dos homens e das mulheres ainda não está maduro – porque ainda não está espiritualizado o suficiente – para compreender esse aspecto mais profundo e pleno do Divino, cuja força, mais do que o amor, tem sido, até o momento, idolatrada e temida.

 

4. Isso é assim porque a Força no Divino é mais auto-evidente para o homem do que aquilo que sustenta e inspira a força, ou seja, o Amor.

 

            Até que a consciência do homem acerca da dualidade no ser tenha sido elevada acima do grosseiro companheirismo, ao qual o homem relegou sua consciência; até que a mulher tenha afirmado a característica essencial de seu ser – o amor – num nível tão alto a ponto de elevar a humanidade acima do atual sentido material do significado do amor, até que isso aconteça, nós manteremos esse mistério – que os seres humanos conhecem apenas em termos de “masculino” e “feminino”,

(p.86)

os quais eles têm degradado a seus mais baixos elementos – esperando com plena confiança que a Terra esteja pronta para a sua interpretação.

 

            Contudo, para todos os que – não maculados pelo materialismo grosseiro que torna impossível até mesmo a concepção disso para a maioria da humanidade – buscam uma explicação sobre isso, nós diríamos: “Deus quer que nós ministremos em silêncio para as necessidades de suas almas”.

 

            5. Enquanto isso, a simples menção da Deidade associada com a concepção atual do homem acerca da dualidade – tal como ele a vê em sua manifestação do sexo na vida animal, ou, o que é ainda pior, tal como ele a concebe em sua mais densa manifestação das relações sexuais humanas na Terra – com justiça levaria espanto e horror às mente de muitos buscadores da verdade, e os afastaria absolutamente da consideração de nossa mensagem à Terra.

 

            Portanto, até que o homem empreenda maiores esforços para alcançar a Sabedoria Divina, e veja o mais elevado em todas as manifestações do Divino, nós evitaremos dar à Terra aquilo que ela ainda é incapaz de assimilar, sendo o nosso objetivo supremo a assimilação espiritual, muito mais do que a intelectual, da verdade. Pois enquanto o homem estiver imerso na sensualidade que vemos em seu redor, não há doutrina tão propensa à falsificação, sim, até mesmo à letal blasfêmia, como essa da Dualidade do Ser.

 

            6. A fim de que isso não o leve a operar em prol do que há de inferior em si mesmo, no presente momento ousamos apenas apontar esse fato persistente, que subjaz à corrupção da Verdade Divina pelo homem, e que está estreitamente associado à própria natureza da Deidade – da qual todas as coisas se originam e na qual todas as coisas têm o seu ser – cientes de que o despertar da intuição do ser humano que se aproxima o libertará de sua própria natureza inferior, a qual até agora o impede até mesmo de vislumbrar o mais elevado em Deus.

 

NOTAS

 

(84:1) Essa mensagem e as duas anteriores foram enviadas em resposta a pedidos especiais de amigos.

(84:2) N.T.: Essa numeração indica os parágrafos no original, em inglês.

 

 

FINIS

 

 

 

Índice Geral das Seções   Índice da Seção Atual   Índice da Obra   Anterior: 43 - Sobre o Desejo de Ter uma Comunicação Espiritual Semelhante   Seguinte: 45 - A União Cristã Esotérica