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Tradução: Marly Winckler
Revisão e edição:
Arnaldo Sisson Filho
[Embora o texto em inglês seja de domínio público, a tradução não é. Esse arquivo pode ser usado para qualquer propósito não comercial, desde que essa notificação de propriedade seja deixada intacta.]

 

 

(p. 7)

QUARTO DIA

 

Amor

 

           1. (*) Espírito que fala: Amor é o conduzir outros a Deus; é o dar-lhes uma sensação de Sua presença em suas vidas. Ele implica uma entrega da personalidade à individualidade naqueles que amam.

 

            2. A personalidade de homens e mulheres diz respeito a todos os ambientes temporários e aparências terrenas, que estão relacionados apenas à forma transitória, na qual o verdadeiro indivíduo aparece revestido, em qualquer dado período do tempo.

 

            3. As personalidades de homens e mulheres podem ou não ser nobres e estar relacionadas com suas individualidades, dependendo de que em vidas passadas tenham ou não subjugado o eu inferior ao eu mais elevado dentro deles.

 

            Mas em qualquer momento, e em todos os casos, a personalidade é mais ou menos permeada pelo seu ambiente material, e tende a falhar em sua avaliação da verdadeira dimensão das coisas e em sua valoração da vida terrena. Assim, o amor é frequentemente impedido pela falsa ação da personalidade e por sua incapacidade de ver além de seu horizonte imediato.

 

            O amor nada possui para si mesmo, porque considera todas as coisas e toda a natureza como sendo sua própria esfera. O amor é de Deus; é aquela força que impele Deus para uma miríade de individualidades: é a essência da individualidade; é a principal força propulsora da obra de Deus na Criação, a principal força propulsora do trabalho do homem na Redenção, ou seja, o retorno a Deus através da matéria.

 

            A passagem das almas através da matéria é outro termo para o amor de Deus conforme é demonstrado no universo. Criativo, propulsor, subjetivo, redentor – o amor é a verdadeira intuição de Deus no homem, e até que ele assimile essa verdade em sua passageira natureza humana, essa última permanece apenas uma imperfeita representação de Deus na matéria.

 

            4. Se amasseis mais verdadeiramente Ó homens, Ó mulheres, essa verdade seria como vossas próprias vidas e não necessitaríeis nenhuma demonstração de nossa parte.

 

            Enquanto confundirdes o amor verdadeiro com o apego dos sentidos aos sentidos, bem como com o apego da personalidade à personalidade, vereis o amor apenas refletido e refratado pelas mutáveis águas da vida terrena; e não o vereis na esfera celestial como o Sol doador da vida do universo.

 

            Perguntais por que o amor de Deus tem que impelir o espírito à matéria, onde há tanto mal e tanta aflição. Sem as várias experiências que tão somente a matéria pode propiciar – desde o raio de luz solar até a mais elevada consciência humana – a individualidade é impossível e a evolução não se dá. Pois evolução é o crescimento na direção de Deus individualizado daquilo que emanou de Deus não individualizado.

 

            É o assumir gradual da Natureza Divina por meio da passagem pela matéria; um retornar pleno, tangível e concentrado a Deus, daquilo que emanou de Deus vazio, não coeso e disperso.

 

            É como uma elaboração no interesse do Espírito de Deus, como o desenvolvimento do Ouro a partir da rocha, da Verdade a partir do mistério, do Amor a partir dos sentidos, da Individualidade a partir da personalidade.

 

            5. Pois não é a evolução a passagem do Espírito através da matéria; não é a Fé a ligação da matéria ao Espírito; não é o Amor a penetração da matéria pelo Espírito?

 

NOTAS

 

(7:*) N.T.: Essa numeração indica os parágrafos no original, em inglês.

 

 

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