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Tradução: Daniel M. Alves –
Revisão e edição:
Arnaldo Sisson Filho
[Embora o texto em inglês seja de domínio público, a tradução não é. Esse arquivo pode ser usado para qualquer propósito não comercial, desde que essa notificação de propriedade seja deixada intacta.]

 

 

(p. 53)

VIGÉSIMO OITAVO DIA

 

Jesus o Veículo, Cristo o Conteúdo Espiritual

 

            1. (*) Espírito que fala: Cristo era de Deus. Você é de Deus. Todas as coisas são de Deus. Mas Cristo é sempre o Senhor da Terra. O Espírito que rege seu planeta, o Salvador (por excelência) dos Homens, a imagem imaculada, perfeita e verdadeira de Deus para os homens, pela incontroversa razão de que ele é e foi o Deus-no-homem.

 

            Cristo não veio através do desenvolvimento terreno. Ele veio diretamente de Deus com o poder do Espírito. O Evangelho de João fala com verdade: “E o Verbo [Palavra] estava com Deus e o Verbo era Deus. (...) E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós” (João 1:1 e 1:14).

 

            2. Mas Jesus de Nazaré era carne, era homem, era alma de homem. Portanto, Jesus de Nazaré foi nascido do sangue, da vontade da carne, da vontade do homem. Mas, Cristo, no entanto, “não nasceu do sangue, nem da vontade da carde, nem da vontade do homem, mas da vontade de Deus” (João 1:13).

 

            3. Há hierarquias e determinações individuais do Espírito de Deus as quais vós homens nem imaginais; e “o Espírito”, “o Verbo”, “a Vida”, “a Luz” da qual o Evangelho de João fala no capítulo inicial, foi que verdadeiramente habitou entre vós no corpo de Jesus, o filho do carpinteiro.

 

            4. É impossível para o homem ter a real definição da atual posição do Cristo Jesus, Senhor da Terra, no Ser Divino, até que a terra tenha desenvolvido uma maior faculdade de compreensão espiritual; nem seria essa concepção de valor prático para a Terra no momento atual, nem é essa a concepção que Cristo veio ensinar aos homens.

 

            5. O que Ele de fato veio ensinar aos homens foi o poder redentor do Espírito Divino nascido dentro do homem. Ele veio para dar à Terra uma demonstração prática, em sua própria vida-terrena, da ação ilimitada sobre o homem daquele Espírito; Ele

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veio para mostrar à Terra como aquele Espírito poderia e transfiguraria a matéria densa, a Terra, o próprio pecado, em poder, Céu, e amor indescritível.

 

            6. Que seja suficiente para vocês que Cristo foi e é de Deus, e que Ele estabeleceu, como um fato eterno entre vós, que o perfeito e puro Espírito de Deus pode habitar a morada terrena gerada e nascida do homem.

 

            7. Nesse fato residem inexprimíveis “mensagens de grande alegria” para a Terra, indizível promessa de purificação e redenção da Terra.

 

            Contudo, esse fato parece ser como uma coisa esquecida na verbosa adoração de vocês a um “Cristo-Deus”.

 

            A profunda, a oculta sabedoria nas frases iniciais do Evangelho de João vocês entendem literalmente, pela própria razão de que ainda não realizaram interiormente o divino nascimento que Cristo Jesus lhes demonstrou.

 

            Até que tenhais verdadeiramente nascido outra vez vós não podeis contemplar o Reino de Deus que essas palavras expressam.

 

            Leiam-nas, ponderem sobre elas, e orem por luz sobre elas até que a gloriosa verdade, amor, e luz do mais Sagrado Deus, tal como manifestado no desenvolvimento da Terra, se torne clara para vocês na força de sua plena divindade, até que tenham compreendido o maravilhoso significado desse evangelho do “Deus-no-homem” de Cristo Jesus.

 

            8. “Aquela era a verdadeira Luz que ilumina todos os homens que vêm ao mundo. Ele esteve no mundo, e o mundo não O reconheceu. Ele veio para os que eram seus, e os seus não O receberam. Mas a todos que O receberam deu o poder de se tornarem os filhos de Deus, mesmo àqueles que acreditaram em Seu nome. Que foram nascidos, não do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas da vontade de Deus.” (João 1:9-13)

 

            Esse nascimento de Deus é sua redenção. Cristo Jesus o Filho de Deus, o Filho do homem exemplificou sua possibilidade e seus poderes em sua própria vida-terrena. Ele praticou em sua própria natureza, por assim dizer, o nascimento e vida que é assim descrita como sendo de Deus. Ele provou a vocês que o homem é feito à imagem de Deus. Ele mostrou a vocês os meios pelos quais o nascimento de Deus

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pode ser realizado na Terra.

 

            Ele declarou expressamente, muitas e muitas vezes, que esse nascimento de Deus, dentro do homem, não era pra ser adiado para o futuro; ele poderia e deveria ser realizado aqui na Terra, e requer do homem somente a completa entrega de seu amor, de todo seu desejo, ao Mais Elevado.

 

            O poder da geração espiritual, de impregnação espiritual, existe no Mais Elevado, e é responsável pela verdadeira concepção e nascimento do Divino no homem.

 

            Esse nascimento é aquele que, uma vez realizado na raça, trará a redenção da Terra de todas as suas aflições, dará posse à Terra de todas as suas alegrias e poderes – sua divina herança.

 

             Esse nascimento é aquele que, uma vez realizado em qualquer filho ou filha da Terra, traz de fato a redenção de todo mal inerente à passagem do espírito através da matéria.

 

NOTA

 

(53:*) N.T.: Essa numeração indica os parágrafos no original, em inglês.

 

 

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