Índice Geral das Seções Índice da Seção Atual Índice da Obra Anterior: 22 - Amor na Vida Seguinte: 24 - A Interpretação de Cristo, a Segunda Vinda de Cristo
Tradução: Daniel M. Alves –
Revisão e edição:
Arnaldo Sisson Filho
[Embora o texto em inglês seja de domínio público, a tradução não é. Esse
arquivo pode ser usado para qualquer propósito não comercial, desde que essa
notificação de propriedade seja deixada intacta.]
VIGÉSIMO TERCEIRO DIA
Cristo, a Demonstração do Poder do Amor
1. (*) Espírito que fala: A Bíblia contém dentro dela tudo o que nós lhe dissemos. A interpretação espiritual da Bíblia tem sido ocultada pela própria falta de discernimento espiritual do homem.
Para aqueles que vendo são capazes perceber e ouvindo são capazes de compreender, a Bíblia sempre foi uma fonte de tesouros de vida espiritual e
(p. 45)
de conhecimento espiritual.
A incapacidade dos homens de perceber as coisas espirituais tem impedido, e ainda impede, os homens de se apossarem da existência espiritual que brilha como um fogo de poder, de purificação e de amor dentro das Bíblias da Terra, a qual encontra em Cristo Jesus sua mais plena expressão.
Não é de causar surpresa que vocês deixem de lado os ensinamentos dados por Ele, os considerando impraticáveis, e que se satisfaçam em expressar admiração por Ele apenas com palavras. E também não é de espantar que seus “cristãos” sempre encarem a vida como trabalho árduo, e a morte como indescritível tristeza. O que eles têm senão os sentidos, perecíveis e falíveis, para fazer suas vidas valer a pena? Esse tipo de vida é toda cruz e nada de ressurreição, ela é toda amor sem nada do poder que se origina do amor, ela é toda feita de crença incerta, sem nada de fé, sem nada das visões claras como a luz do dia para elevar suas almas desalentadas.
2. Cristo veio, não apenas para prometer, mas também para cumprir, para mostrar aos homens que o Reino dos Céus pode e deve existir na Terra, para aqueles que podem por si mesmos conquistá-lo, e que são capazes de acreditar que a matéria e tudo o que pertence a ela pode ser transfigurado, por meio desse Reino, em Paraíso e Espírito; e são capazes de acreditar que a dor, a doença, o pecado, a tristeza e mesmo a própria morte se devem à cegueira do homem e à falta de percepção da natureza real das coisas, da natureza verdadeira de seu próprio ser e dos reais poderes advindos de sua própria conexão com o Divino.
A cruz que os seguidores do Cristo devem carregar é o sofrimento que resulta da crucificação da sua inferior natureza sensorial, a qual os priva do poder ou Espírito de Deus. Pois somente esse Espírito pode redimir a matéria e dotá-la de poderes divinos.
3. A idéia de que Cristo implicou qualquer sofrimento à Terra – além do sofrimento inerente a essa luta entre a natureza superior e inferior no homem – é falsa.
A idéia de que Cristo não veio para redimir a própria Terra, e para redimir o homem enquanto esse está na Terra, de tudo aquilo que impede a Terra de se tornar Paraíso é absolutamente falsa, e é isso o que torna a vossa devoção ao Cristo tão fraca, tão ineficaz.
A idéia de que houve qualquer valor na própria morte de Cristo, qualquer mérito nisso para o homem, a não ser como um exemplo, que mostra Cristo como a alma nascida de Deus, disposta a sacrificar sua
(p. 46)
própria natureza inferior, ou corpórea, em prol de seus ensinamentos espirituais e da segura fé em Deus, é uma das principais causas do profundo desânimo do homem em relação a Cristo.
Não vos enganeis mais, Cristo venceu o mundo. Ele demonstrou como homem – por meio de seu divino amor e de seu inseparável aliado, seu divino poder – que o homem inspirado com o espírito de Deus tem domínio sobre a Terra e sobre tudo que está sobre ela, e pode se tornar, através desse espírito, o redentor de sua própria vida, e da vida de seus semelhantes, do pecado, do sofrimento e da própria morte.
O que foram os milagres de Cristo – como vocês os chamam – senão evidências dessa vasta verdade, e qual o significado de suas reprimendas a seus amigos porque eles não podiam realizar o mesmo? O que foi a sua ressurreição senão a evidência do poder do Cristo no homem sobre a própria morte?
4. Jesus foi a plena manifestação de Deus no homem, o Libertador ou Salvador do homem de todo mal, tanto físico quanto espiritual, e da escuridão em que ele se encontra quando separado de Deus. Ungido com a plenitude do Sopro Divino, ele foi verdadeiramente denominado Cristo Jesus, “Ungido Libertador”. No entanto, vocês ainda não estão libertos, nem estarão assim até que a Terra ressoe com o estrondo das vozes celestes e terrenas reunidas, anunciando a vossa liberdade, Ó homens, do pecado, da tristeza, da morte.
Índice Geral das Seções Índice da Seção Atual Índice da Obra Anterior: 22 - Amor na Vida Seguinte: 24 - A Interpretação de Cristo, a Segunda Vinda de Cristo