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Tradução: Daniel M. Alves –
Revisão e edição:
Arnaldo Sisson Filho
[Embora o texto em inglês seja de domínio público, a tradução não é. Esse arquivo pode ser usado para qualquer propósito não comercial, desde que essa notificação de propriedade seja deixada intacta.]

 

 

(p. 38)

VIGÉSIMO DIA

 

O Amor Manifestado em Ação

 

1. (*) Pergunta: Qual é a influência sobre uma natureza, como a minha – fraca no amor – de lutar para manifestar a ação amorosa?

 

2. Resposta: Para compreender isso, você deve compreender a influência do amor dentro do universo e em toda a natureza do homem.

 

            O amor não é nada se não a entrega do ser ao próximo. O mero sentimento de amor, não manifestado em ação, é como o gérmen ou semente que jamais cumpre o seu propósito ou chega a nascer. O amor que você manifesta através de ações beneficentes o eleva a planos mais altos, pois ele ergue aqueles a quem você o manifesta igualmente a planos mais elevados, porque o amor é criativo em sua força. Ele é a verdadeira manifestação de suas vidas, tal como o Universo

(p. 39)

é a verdadeira manifestação do Ser de Deus.

 

            Nós lhe dissemos anteriormente que o amor é a ação criativa do Universo, a força que emana de Deus para promover a individuação de Si mesmo em inumeráveis centros de Divindade, os quais você e todos os seres são, ou irão se tornar.

 

            Assim ocorre com suas vidas. Na medida em que você ama (aqui não nos referimos a como você sente o amor, mas a como você exprime o amor em ação sobre o que está ao seu redor), você também cria e semeia aquilo que se torna vida e bem-aventurança para os seus semelhantes. Dessa forma vocês manifestam a si mesmos em força criativa através do seu amor.

 

            Dessa mesma natureza são os “milagres” de Cristo, as verdadeiras obras de todas as manifestações do estado ou qualidade de Cristo [ou da “medida da estatura da plenitude de Cristo” (Efésios 4:13)]. (*).

 

            Sua atual concepção do poder do amor é tão pequena porque vocês ainda não compreendem a poderosa natureza essencial criativa do amor.

 

            Ainda está para ser demonstrado que o homem é verdadeiramente criado à imagem e semelhança de Deus, tanto nesse sentido como em todos os outros, e que os poderes de Deus são verdadeiramente o modelo dos poderes do próprio homem.

 

            No momento o seu amor se manifesta principalmente através de sentimentos, os quais não são mais do que a semente ou início do amor, e quando é manifestado em ação isso se dá em ações de pouco valor criativo.

 

            O seu amor na verdade se satisfaz com o serviço – tal como vocês o entendem – para o crescente bem estar do próximo; mas os padrões desse serviço são baixos, mesmo em relação ao próprio ideal de serviço de vocês, nascido da ignorância. Esse amor se exaure principalmente ao fazer aquilo que quando feito tem pequeno valor; porque vocês não apreenderam a verdadeira natureza do amor, nem a infinitude da fonte de onde ele é reabastecido.

 

            Seu amor se esfria e se esgota tão freqüentemente porque vocês enxergam um limite onde não há limite, quer vocês o busquem dentro de suas próprias almas nascidas do amor, quer o busquem nas vastas imensidões que expressam o amor de Deus ao seu redor.

 

            O seu amor enfraquece, Ó homens, porque vocês não escalam o bastante e a uma altura suficiente; porque o seu conhecimento de Deus não é verdadeiro conhecimento, mas é apenas conhecimento de um modelo feito pelo homem, que vocês batizaram com o sagrado nome de Deus. Tudo o que vocês sabem de Deus, que não seja esse modelo, e que não venha de suas faculdades

(p. 40)

de intuição, ainda não desenvolvidas, vem por meio da manifestação de Deus na natureza. Vocês são a mais alta expressão na Terra dessa manifestação e, no entanto, vocês ainda não apreenderam o verdadeiro significado desse fato.

 

            3. Quando tiverem compreendido que o propósito do amor de Deus, ou da manifestação de Deus na natureza, é a individualizada Divindade da Vida consciente, expressa desde o homem e seus semelhantes até os Anjos e Cristos, então vocês também compreenderão que o fim de toda essa existência consciente é o AMOR – é Deus.

 

            Da mesma forma que Deus projeta a Si mesmo em uma miríade de manifestações, as quais se revelam em vida consciente, senciente e individual, você também deve, sem temor, projetar ao seu redor sua força e vida mais íntimas, certo – com a poderosa garantia que brota do conhecimento da sua origem Divina – de que sua consciência não é senão a infinita força do Amor que vocês chamam de Deus. E certo de que sua consciência pode apenas se expressar verdadeiramente como faz seu Sagrado Pai, em manifestações de amor construtivo e vida construtiva.

 

            O verdadeiro teste no mundo do que é o amor, é o teste de seus poderes de persistência e crescimento. O verdadeiro amor no homem, assim como o amor Divino, deve ser criativo e construtivo, deve ter verdadeira expressão na forma e no ser externos que são voltados a Deus ou direcionados ao Bem. Tal é o amor que vedes expressado por todo o universo, e assim, também, deve ser toda a verdadeira expressão de amor em vocês.

 

            Vós exagerais o tamanho do mal, que é a escuridão da sua Terra, porque a evolução do amor ou Deus em vocês é maior do que era em seus antepassados, mas vós o aumentais também porque vossa fé em Deus, ou bem, é fraca.

 

A sua própria necessidade de luz às vezes produz uma reação de desesperança e perda da fé. Em seu pessimismo, o qual nasce dessa necessidade (que será certamente atendida), vocês duvidam que Deus, ou o bem, foi, é e será manifestado por meio dos homens na Terra.

 

            Vocês duvidam do poder de suas próprias almas nascidas do amor de redimir a Terra daquilo que sua maior proximidade a Deus tem mostrado a vocês ser o mal, e até agora vocês duvidam de Deus. Toda dúvida amarga, toda negação de Deus, na medida em que não os conduzir diretamente a contemplar

(p. 41)

o Deus dentro de vocês, é uma força desperdiçada, é vida usada impropriamente. Todo pessimismo é carência de fé em Deus, todo criticismo que não resulte em ação criativa é sem significado.

 

            Nessa indicação você encontrará o segredo dos imensos poderes da fé, do entusiasmo, da persistência da esperança e do amor em face do que parece ser o mal. O ditado popular que diz: “Nada faz tanto sucesso quanto o sucesso”, é interpretado por nós como: – Nada é tão bem sucedido como a fé em seus próprios poderes internos de ação, os quais são nascidos de Deus e dão origem ao sucesso. Pois a verdadeira fé é sempre a cooperação do homem com Deus, e a percepção do homem da cooperação de Deus através dele, com a lei subjacente a toda Natureza, a toda Manifestação, é a lei do Direcionamento a Deus.

 

NOTA

 

(38:*) N.T.: Essa numeração indica os parágrafos no original, em inglês.

(39:*) N.T.: Citamos essa passagem de São Paulo, em Efésios, apenas para ilustrar o que o original de refere por “Christhood”, a qualidade de ser como Cristo.

 

 

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