Índice Geral das Seções Índice da Seção Atual Índice da Obra Atual Anterior: I - Motivo da Formação da Sociedade Seguinte: III - Denúncia do Sacerdotalismo, sua Tripla Fundamentação
(p. 9)
II.
Distinção entre o
Esotérico e o Eclesiástico
1. (**) Como seu nome
implica, a União Cristã Esotérica encontra a doutrina que preenche essas
condições na Bíblia e no Cristianismo quando interpretados esotericamente, e,
portanto,
(p. 10)
quando interpretados segundo a visão e os princípios definidos e prescritos nas
Escrituras, e não conforme apresentados eclesiasticamente.
Pois, enquanto as Escrituras insistem na importância do Espírito e da Essência,
fazendo desses o “Sangue e a Água” da vida divina, e enquanto as Escrituras
apelam para a compreensão, o Sacerdotalismo – reduzindo a nada as mais vigorosas
afirmações das Escrituras – se apóia na Letra e na Forma, materializa a verdade
e – insistindo no Inexplicável – nega a Compreensão, e apela para a Autoridade.
Ao fazer isso, o Sacerdotalismo se opõe frontalmente às Escrituras quanto à doutrina e à prática, e não menos do que isso quanto ao método. Pois ele representa de forma tão equivocada o Cristianismo até o ponto de o destituir de toda semelhança com a religião do Cristo, tornando o Cristianismo, sob todos os aspectos concebíveis, num obstinado e irreconciliável oponente da religião do Cristo.
De modo que se pode afirmar com absoluta certeza que, admitindo que o
Cristianismo possua o poder para regenerar o mundo, a responsabilidade por seu
fracasso em fazê-lo e, consequentemente, pela degradação e sofrimento do mundo,
não repousa nem no Cristianismo nem no mundo, mas sim no Sacerdotalismo.
2. Mas não
necessariamente, portanto, com os Eclesiásticos. Esses, como regra, herdaram
o sistema estando inconscientes quanto à sua real natureza e origem, e visam o
bem com o qual ele está relacionado; e de acordo com suas melhores
luzes eles se empenham diligentemente em fazer com que ele sirva a fins
elevados.
Mas, como agora já se trata de um segredo que foi exposto às claras, eles foram
terrivelmente oprimidos – e nunca tanto como agora – por sua inaptidão em
reconciliá-lo com o caráter e com o ensinamento de Cristo, ou mesmo com suas
próprias percepções sobre a bondade e a verdade.
E
não há classe para a qual nossa Sociedade apele com mais profunda simpatia,
ou com mais ardente antecipação de alegria e gratidão de parte deles, por ser
ela o meio pelo qual se coloca diante deles o ensinamento que eles mesmos
representam. Uma vez que essa doutrina lhes permite, ao mesmo tempo em que
mantém tudo aquilo que julgam como sendo realmente valioso, se desfazerem
(p. 11)
Pois, de tudo isso, a verdade – conforme foi finalmente desvelada e exposta – os
libertará por completo; ao demonstrar que Cristo é de forma muito real, e em
um sentido que de longe supera tudo o que foi até aqui imaginado, aquilo
que Seu nome de Jesus significa: o Libertador.
NOTA
(9:**) N.T.: Essa numeração indica os parágrafos no original, em inglês.
Índice Geral das Seções Índice da Seção Atual Índice da Obra Atual Anterior: I - Motivo da Formação da Sociedade Seguinte: III - Denúncia do Sacerdotalismo, sua Tripla Fundamentação