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[Tradução: Arnaldo Sisson Filho e Luis Antonio de Souza. Embora o texto em inglês seja de domínio público, a tradução não é. Esse arquivo pode ser usado para qualquer propósito não comercial, desde que essa notificação de propriedade seja deixada intacta.]

 

 

(p. 36)

Nº. XIV

SOBRE O GÊNIO OU "DAIMON" (1)

 

PARTE 1

 

CADA espírito-alma humano tem ligado a ele um gênio ou daimon, como no caso de Sócrates; um espírito ministrante, como no caso dos apóstolos; ou um anjo, como no caso de Jesus. Todos esses são apenas nomes diferentes para a mesma coisa. Meu gênio diz que ele não gosta do termo anjo porque ele é mal interpretado. Ele prefere a nomenclatura cristã, e ser chamado ministro, uma vez que seu trabalho é guiar, advertir e iluminar.

 

Meu gênio se parece com Dante, e como ele está sempre vestido de vermelho. Ele tem um cacto na mão, o qual ele diz que é o meu emblema. (Falando de Dante, eu vejo que Beatriz representa a alma. Ela é para ele o que a mulher deve ser para o homem.) (1) Ele me pede para dizer que a melhor arma contra os astrais é a prece. Prece significa o intenso direcionamento da vontade e do desejo em direção ao Mais Elevado (NT: Altíssimo); uma intenção constante de conhecer nada menos que o Mais Elevado. Enquanto Moisés manteve erguidas suas mãos em direção ao céu, os Israelitas prevaleceram. Quando ele as baixou, então os Amalequitas prevaleceram. Os gênios não são espíritos combatentes, e não podem impedir os males. Eles foram autorizados a ministrar a Jesus somente depois de sua exaustão no combate com os espíritos inferiores. Somente são atacados por esses (NT: os astrais), aqueles que são dignos de serem atacados.

 

Devo informar-lhes que o gênio nunca “controla” o seu cliente (NT: client podendo significar beneficiário, parceiro), ele nunca obriga a alma a sair do corpo para permitir a entrada de outro espírito  (NT: entidade). A pessoa controlada por um astral, ou elemental (NT: ou elementar), ao contrário, não fala em sua própria pessoa, mas naquela da entidade controladora; e os gestos, expressão, entonação, e timbre de voz, mudam com a entidade obsessora. Uma pessoa profetizando fala sempre na primeira pessoa, ou diz: “Assim disse o Senhor”, ou: “Assim diz alguém mais”, ou seja, nunca perdendo a sua própria personalidade. Esse é um sinal diferenciador pelo qual se pode distinguir entre as várias ordens de espíritos (NT: entidades).

 

Outro sinal, diz meu gênio, pelo qual distinguir entre as entidades estranhas

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e o gênio da própria pessoa, é esse: – o gênio nunca está ausente. Uma vez que a mente esteja na condição de ver, ele está sempre presente. Outros espíritos (NT: entidades) necessitam ocasiões determinadas para serem contatados, e encontros devem ser marcados para uma determinada hora, porque eles podem estar em algum outro lugar em um dado momento. Esses espíritos, sobretudo, nada sabem acerca dos Deuses. Seus próprios nomes são secretos para eles, e se ouviram esses nomes eles são apenas nomes para eles. (1). Esses espíritos são incapazes de apreender ou conceber qualquer coisa além da atmosfera de seus próprios círculos. É verdade que eles falam de Deus, mas é sem compreender o significado da palavra. Quanto mais negativa for a mente do indivíduo, mais pronto e apto ele está para receber esses espíritos. E, ao contrário, quanto mais positiva e pronunciada for a vontade do indivíduo, mais aberto ele está para a comunicação divina.

 

O comando (NT: a instrução) sempre é “Trabalhar é orar”; “Pedir é receber”; “Bater é ter a porta aberta”. “Tenho dito frequentemente”, diz meu gênio; “Pense por si mesmo. Quando você pensa interiormente, ora intensamente, e imagina de maneira centralizada, então, se conversa com Deus”. (2)

 

Ele diz que conhece a respeito de nosso futuro imediato, mas que não nos contará. Tudo o que ele dirá é isso: “Estejam certos que haverá problemas. Nenhum homem jamais chega à Terra Prometida sem passar através do deserto.” Novamente ele me mostra o cacto, e diz: “Não se preocupe a respeito de tentar entrar no estado lúcido. Em pouco tempo será de todo desnecessário tornar-se sonolenta.” Ele me conta que esta noite eu lembrarei uma grande parte do que foi dito, e da próxima vez ainda mais, e assim por diante até que minha mente esteja bem clara sobre o assunto. É uma fraqueza e uma imperfeição quando a mente não retém o que foi dito. Durante a noite, quando meu cérebro está livre de influências perturbadoras, eu lembro mais perfeitamente tudo o que vi e ouvi. E isso, ele diz, deve sempre ser o caso, porque meu lugar não é tomado por nenhuma outra entidade. (3) Nenhum outro espírito entra para me possuir. Mas sou eu, eu mesma que vê e escuta e fala – ou seja, meu ser espiritual.

 

O gênio está ligado ao seu cliente por um elo de substância da alma. Um persistente viver malévolo enfraquece esse elo, e depois de muitas encarnações assim mal utilizadas – mesmo até “setenta vezes sete” – o gênio é liberado e a alma definitivamente perdida. Não é o crime isolado, como assassinato, adultério ou incesto, ou mesmo uma repetição desses, aquilo que quebra esse elo; mas uma continuada condição do coração

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na qual a vontade do indivíduo está em persistente oposição à Vontade Divina. Isso porque esse é um estado no qual o arrependimento é impossível. A condição mais favorável à salvação, e rápida emancipação das sucessivas encarnações, é a atitude de voluntária obediência – liberdade e submissão. O grande objetivo a ser alcançado é a emancipação do corpo – isto é, a emancipação do poder e da necessidade do corpo.

 

A fim de melhor compreender a origem do Espírito (NT: a fonte de onde ele emana), deve ser entendido que a Vida pode ser representada por um triângulo, no ápice do qual está Deus. Desse triângulo os dois lados são formados por duas correntes, uma fluindo para fora, e a outra para cima. A base pode ser vista como representando o plano material. Desse modo, de Deus procedem os Deuses. Dos Deuses procede toda a hierarquia do céu, com as várias ordens desde as mais elevadas até as mais baixas. E a mais baixa é a ordem dos gênios, ou anjos guardiões (anjos da guarda). Esses repousam sobre o plano material, mas não entram nele. O outro lado do triângulo é a continuação da base. As formas iniciadoras (NT: iniciais) da base do triângulo são as mais baixas expressões de vida. Essas são as primeiras expressões de encarnação, e da segunda corrente que, diferente da primeira, flui para dentro e para cima. O lado do triângulo representado por essa corrente culmina em Cristo, e esvazia a si mesma (NT: se funde) em puro espírito, o qual é Deus. Há, consequentemente, espíritos que, por sua natureza, nunca foram e nunca podem estar encarnados. E há outros que alcançam sua perfeição através da encarnação. Você verá, então, que os gênios e os astrais não tem nada em comum. Pois o espaço contido no triângulo, e que separa de um lado o ápice da base, e do outro lado os dois lados opostos, é um espaço ocupado pelo fluido planetário.

 

Há apenas duas gerações eternas – aquela dos celestiais que começam no Espírito e são “gerados” (NT: não criados, mas eternamente gerados; consubstanciais a Deus, ao Pai-Mãe nosso); e aquela das entidades criadas, que têm exteriormente acrescentado a si um corpo. Os astrais estão entre esses dois. Eles são como planos que não podem focar no Espírito Divino, uma vez que seus raios são refletidos em todas as direções, e não convergem para um ponto central. Eles não podem conhecer Deus. Eles não são microcosmos. Tão somente o homem entre as entidades criadas é um microcosmo, e ele é isso porque o Espírito Divino, o nucléolo, contém necessariamente a potencialidade da célula celestial completa. Em Deus estão todos os Deuses incluídos; e o nucléolo na aperfeiçoada célula criada é, portanto, múltiplo. Todo homem é um planeta, possuindo sol, lua, e estrelas.

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O gênio de um homem é seu satélite. O homem é um planeta. Deus – o Deus do homem – é seu sol, e a lua desse planeta é Isis, seu iniciador (NT: nas coisas espirituais), ou gênio. O gênio é feito para ministrar ao homem, e para lhe dar luz. Mas a luz que ele dá é de Deus, e não dele mesmo. Ele não é um planeta, mas uma lua, e sua função é iluminar os lugares escuros de seu planeta.

 

O dia e a noite do microcosmo ‑ o homem ‑ são seus positivo e passivo, ou os estados projetivo e reflexivo. No estado projetivo nós buscamos ativamente para fora; nós aspiramos e queremos forçosamente; nós mantemos comunhão ativa com o Deus fora. No estado reflexivo nós olhamos para dentro, nós estamos em comunhão com nosso próprio coração; nós vamos para dentro, e nos concentramos secretamente e interiormente. Durante essa condição a “Lua” ilumina nossa câmara oculta com sua tocha, e nos mostra a nós mesmos em nosso recesso interior.

 

Quem ou o que, então, é essa lua? Ela é parte de nós mesmos, e orbita ao nosso redor. Ela é nossa afinidade celestial – em relação a qual é dito: “Seus anjos de fato sempre contemplam a face do Meu Pai”.

 

Toda alma humana tem uma afinidade celestial, a qual é parte de seu sistema e um modelo característico de sua natureza espiritual. Essa contraparte angélica é o elo de união entre o homem e Deus; e é em virtude de sua natureza espiritual que esse anjo é ligado a ele. Criaturas rudimentares não possuem afinidade celestial; porém, a partir do momento que a alma desperta, (1) o elo de união é estabelecido.

 

Em virtude do homem ser um planeta é que ele tem uma lua. Se ele não fosse composto de quatro partes, como é o planeta, ele não poderia ter uma lua. Os homens rudimentares não estão compostos de quatro partes. Eles não têm o Espírito.

 

O gênio é a lua do planeta homem, refletindo para ele o sol, ou Deus, dentro dele. Pois o Espírito divino, o qual anima e eterniza o homem, é o Deus do homem, o sol que o ilumina. E é esse sol, e não o homem externo e planetário, que seu gênio, como satélite, reflete para ele. Assim ligado ao planeta, o gênio é complemento do homem; e seu “sexo” (2) é sempre o contrário daquele do planeta. E porque ele reflete não o planeta, porém o sol, não o homem (como fazem os astrais), mas o Deus, sua luz deve sempre ser confiada.

 

O gênio conhece bem somente as coisas relacionadas com a pessoa para quem ele ministra. Sobre outras coisas ele tem somente opiniões. A relação do espírito ministrante com seu cliente está muito bem representada por aquela do confessor católico com seu penitente. Ele está obrigado a manter profundo segredo em relação a todo penitente no que diz respeito aos assuntos das outras almas. Se esse não fosse o caso, não haveria nenhuma ordem, e nenhum segredo estaria seguro. O gênio de

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cada um conhece sobre outra pessoa somente tanto quanto o gênio daquela outra pessoa decide revelar.

 

PARTE 2 (1)

 

Agora, há dois tipos de memória, a memória do organismo e a memória da alma. A memória do organismo é possuída por todas as criaturas. A memória da alma, a qual é obtida por Recuperação, pertence ao homem plenamente regenerado. Pois o Espírito Divino de um homem não é uno com sua alma até a regeneração, a qual é a união íntima que constitui o que, misticamente, é chamado o “casamento do hierofante”.

 

Quando essa união ocorre, não há mais necessidade de um iniciador; pois então a função do gênio está concluída. Pois, sendo como a lua, Isis, ou “Mãe” do planeta homem, o gênio reflete para a alma o Espírito Divino, com o qual a alma ainda não está plenamente unida. Em todas as coisas há ordem. Daí que, como ocorre com os planetas, assim também com o microcosmo. Aqueles que estão mais próximos da Divindade não necessitam nenhuma lua. Mas enquanto eles têm noite – isto é, enquanto qualquer parte da alma permanece não iluminada, e sua memória ou percepção está obscura – durante esse período o espelho do anjo continua a refletir o sol para a alma.

 

Quando a regeneração é plenamente alcançada, somente o Espírito divino, instrui o hierofante. “Pois os portões de sua cidade nunca estarão fechados; lá não haverá nenhuma noite; a noite não mais existirá. E eles não necessitarão a luz da lâmpada, porque o Senhor Deus os iluminará.” (NT: Apocalipse, 21:25 e 22:5) O profeta é um homem iluminado por seu anjo. O Cristo é um homem casado com o Espírito. E ele retorna por puro amor para redimir, não mais necessitando retornar à carne para seu próprio aprendizado. Daí que é dito que ele desce

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do céu. Pois ele alcançou, e é um intermediário para o Mais Elevado. Ele batiza com o Espírito Santo, e com o próprio Fogo Divino. Ele está sempre “no céu”. E se ele se eleva, é porque o Espírito o eleva, o próprio Espírito que desce sobre ele. “E se ele descende, é porque ele antes ascendeu além de todas as esferas até a mais elevada Presença. Pois aquele que se eleva, se eleva porque ele também antes desceu até as partes mais baixas da terra. Aquele que desceu também é o mesmo que se elevou acima de todos os céus, para cumprir todas as coisas.” (NT: Efésios 4:9-10) Portanto, um tal ser retorna de um mundo mais elevado; ele não mais pertence ao domínio de Dionísio. Porém ele vem do próprio “sol”, ou de alguma esfera mais próxima do sol do que a nossa; tendo passado do mais baixo para uma esfera mais elevada.

 

E o que acontece com o próprio gênio? Ele se entristece quando seu cliente atinge a perfeição, e não mais necessita dele? Eu perguntei.

 

E ele disse: “A noiva pertence ao noivo. O amigo que presta serviço ao noivo e que o atende e o ouve enche-se de alegria quando ouve a voz do noivo. Esta é a minha alegria, que agora se completa.” (NT: João 3:29) Eu retorno, portanto, para minha fonte, pois minha missão está concluída, e meu “Sabath” chegou. E eu estou unido com o dois. (NT: Vide explicação nos parágrafos seguintes)

 

Aqui ele me levou para uma grande sala onde eu vi quatro bois que jaziam mortos sobre altares, e, ao redor, um número de pessoas de pé em ato de adoração. E acima, na fumaça, havia formas colossais enevoadas, surgindo dos espíritos do sangue, formados pela metade, da cintura para cima, e se assemelhando aos Deuses. E ele disse: “Estes são Astrais. E assim eles farão até o fim do mundo.” (1)

 

Após essa instrução a respeito da degradação da religião por meio da materialização da doutrina espiritual do sacrifício, ele retomou:

 

O gênio, então, permanece com seu cliente enquanto o homem é composto de quatro partes. Um animal não tem um gênio. Um Cristo não tem nenhum gênio. Em primeiro lugar, tudo é luz latente. Essa é una. E esse uno torna-se dois; isto é, corpo e corpo astral. E esses dois tornam-se três; isto é, uma alma racional nasce no meio do corpo astral. Essa alma racional é a verdadeira Pessoa. A partir daquele momento, portanto, essa personalidade é uma existência individual, como uma planta ou como um animal. Esses três tornam-se quatro, isto é, humano. E a quarta parte é o Nous, ainda não uno com a alma, mas pairando sobre ela, e transmitindo luz como se fosse através de um vidro, isto é, através do iniciador. Mas quando o quatro torna-se três – isto é,

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quando o “casamento” ocorre, e a alma e o espírito estão indissoluvelmente unidos – não há mais necessidade tanto da transmigração quanto do gênio. Pois o Nous se tornou uno com a alma, e o elo de união está dissolvido. E ainda mais uma vez, o três torna-se dois na dissolução do corpo; e novamente, o dois torna-se um, isto é, o Cristo-espírito-alma. O Espírito Divino e o gênio, portanto, não devem ser vistos como diferentes, nem tampouco como idênticos. O gênio é chama, e é celestial; isto é, ele é espírito, e uno em natureza com o Divino; pois sua luz é a luz divina. Ele é como um vidro, como uma corda, como um elo entre a alma e sua parte divina. Ele é a clara atmosfera através da qual o raio divino passa, criando um caminho para ele no meio astral.

 

No plano celestial, todas as coisas são pessoais. E, portanto, o elo entre a alma e o espírito é uma pessoa. (NT: Um ser individual, um indivíduo. Vide nota 37:3) Porém quando um homem é “nascido novamente” ele não mais necessita o elo que o une com sua fonte divina. O gênio, ou chama, portanto, retorna para aquela fonte; e essa estando ela mesma unida com a alma, o gênio também se torna uno com o dois. Pois o gênio é a luz divina no sentido em que ele é apenas uma chama individualizada do fogo dessa luz, não possuindo nenhum veículo separativo. Mas o matiz dessa chama difere de acordo com a atmosfera celestial da alma particular. A divina luz, de fato, é branca, sendo sete em uma. Mas o gênio é uma chama de uma única cor somente. E essa cor ele assume da alma, e através daquele raio ele transmite para a alma a luz do Nous, seu divino esposo. Os anjos-gênios são de todos os matizes de todas as cores.

 

Eu disse que no plano celestial todas as coisas são pessoais, mas no plano astral elas são reflexos. O gênio é uma pessoa porque ele é um celestial, e de espírito-alma, ou de natureza substancial. Porém os astrais são de natureza fluídica, não possuindo nenhuma parte pessoal. No plano celestial, espírito e substância são unos, duais em unidade; e assim são constituídos todos os celestiais. Porém no plano astral eles não tem nenhuma individualidade, e nenhuma parte divina. Eles são somente protoplásmicos, tanto sem núcleo quanto sem nucléolo.

 

A voz do gênio é a voz de Deus; pois Deus fala através dele como um homem fala através do chifre de uma trombeta. Vós não deveis adorá-lo, pois ele é o instrumento de Deus e o vosso ministro. Mas vós deveis obedecê-lo, pois ele não possui nenhuma voz dele mesmo, mas humildemente vos mostra a vontade do Espírito.

 

NOTAS DE RODAPÉ

 

(36:1) NT: Em todo o “Novo” Evangelho da Interpretação, a mulher simboliza a alma do ser humano, enquanto o homem simboliza a parte inferior do ser humano, ou seja, o veículo da mente concreta, o veículo emocional e o veículo físico, ou tríade inferior, também chamada de “personalidade”, do grego persona, máscara.

(36:2) Londres, novembro de 1880. Falado em transe. E.M.

Veja Life of Anna Kingsford (Vida de Anna Kingsford), Vol. I, pp. 388-415, a respeito de “Conversações com os Gênios”. S.H.H.

(37:1) Um de seus modos mais comuns de enganação é por meio de assumir nomes divinos; mas suas afirmações são sempre pretenciosas e fúteis ou tolas. E.M.

(37:2) NT: Aqui a autora nos oferece uma orientação acerca do que significa “a mente na condição de ver”. Essa condição é muito próxima, para dizer o mínimo, da condição de concentração-meditação necessária para alcançar o estado denominado de samádi (“samãdhi”), na filosofia oriental, seja hinduísta (como nos Yoga Sutras de Patânjali), ou budista (como na última etapa do Nobre Óctuplo Caminho).

(37:3) NT: Aqui temos no próprio original a palavra entidade (entity). Cabe lembrar que Kingsford e Maitland foram pioneiros, e escreveram suas obras numa época em que não estava consolidada a nomenclatura que hoje é mais usual aos estudantes dessa temática.

(39:1) NT: A alma amadurece, entra em fase de evolução mais acelerada, adquire maior consciência própria e de seu meio ambiente.

(39:2) NT: Seu estilo, sua aparência.

(40:1) Londres, 28 de maio, 1881. Recebido durante o sono. Referido em Life of Anna Kingsford (Vida de Anna Kingsford), Vol. II, pp. 12-14.

(41:1) Significando, “o fim do materialismo na Religião” (veja Parte 1 (do livro Vestida com o Sol), Cap. V, Parte 2, nota na p. 15). S.H.H.

 

 

 

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