O CAMINHO OCULTO – N. Sri Ram

Índice Geral das Seções   Índice da Seção Atual

 

 

SRI RAM, N. O CAMINHO OCULTO.  Em The Indian Theosophist, Abril 1989, Vol. 86, N°4, pp. 68-76.

 

           Informação: Esse importante texto nos ensina a respeito dos aspectos decisivos do Caminho Oculto. Leia abaixo o texto completo em Html:

 

 

 

O CAMINHO OCULTO

 

 

         O Caminho Oculto e o Caminho da Vida são um só e o mesmo. A palavra ‘oculto’ significa ‘escondido’; aquilo que está escondido nas profundezas de nossa natureza. Não é algo inverossímil — uma criação da fantasia — pois ele pertence às profundezas e não às superficialidades de nossa própria natureza.

             Hoje em dia, os psicólogos falam do subconsciente e do inconsciente. Mas quando nós falamos do Caminho Oculto não estamos nos referindo às profundezas do subconsciente, porém às profundezas do que pode ser chamado de superconsciente. Surge então a questão: — qual é a diferença entre o subconsciente e o superconsciente? Fora do campo da consciência tudo é escuro, de modo que a distinção pode parecer ser apenas de palavras. Mas há, de fato, uma diferença muito real.

             O subconsciente engloba aquelas tendências de nossa natureza que foram geradas pelos contatos no campo da sensação, de modo que todos aqueles hábitos de pensamento, emoção e ação os quais foram formados no passado e os quais agora formam a base de nossa vida consciente, pertencem ao subconsciente. As tendências subconscientes são corporificações, de uma maneira ou de outra, dos diferentes desejos e apegos que se tornaram habituais para nós.

            As regiões do subconsciente e do inconsciente da natureza do homem consistem em sua maioria de tendências instintivas e reações automáticas em relação às forças as quais nós compartilhamos com reinos da vida muito menos desenvolvidos do que o nosso próprio reino. O superconsciente é a parte mais espiritual do homem, a qual ainda tem que ser despertada.

O Caminho Está Dentro

            O primeiro ponto a ser compreendido com relação ao Caminho — quer o chamemos de Caminho Oculto, Místico ou Espiritual — é que ele está dentro de nós mesmos. Cada indivíduo tem que trilhá-lo usando sua própria inteligência e decisão; ele tem que desenvolver autoconfiança e encontrar o seu próprio caminho ao longo e em meio às experiências de sua vida diária. O Caminho não pode ser traçado por nós para outra pessoa, ou por outra pessoa para nós; outros podem nos dar orientações úteis, mas essas devem ser necessariamente de uma natureza muito geral e cada um tem que descobrir por si mesmo aquilo que ele próprio tem que fazer em cada circunstância particular.

            Na verdade, o Caminho se estende infinitamente dentro de cada coração. Portanto, o coração deve estar aberto; ele deve ser uma avenida de desenvolvimento, estreita no início, mas se alargando continuamente à medida que o indivíduo avança em sua jornada. As experiências possíveis para o homem no campo da consciência são virtualmente ilimitadas; ele pode ir cada vez mais e mais profundamente dentro daquele campo e nunca chegar ao seu final.

            Tem sido dito que no estágio humano o homem viaja ascendendo até Deus e que quando ele chega ao fim desse estágio ele alcança a união com a natureza Divina. Mas essa união é meramente a franja, uma certa fusão entre a nossa natureza humana — a qual nós compartilhamos com todos os outros seres — e aquela natureza Divina. E o que encontramos ao final dessa jornada para Deus? Nós viajamos em Deus, na extensão ilimitada da natureza Divina, cujas profundezas nunca podem ser alcançadas e na qual não há nenhuma margem (limite). Deus é infinito; nós começamos a entender o que isso significa quando a corrente da vida Divina flui para dentro de nós e nos dá uma experiência a qual é sempre mais profunda e sempre mais reveladora e plena.

            Há um oceano de alegria, de conhecimento e de ação para o qual não existe fim. É um estado de plenitude, um estado de consciência no qual o indivíduo continua a conhecer. Não é meramente apenas conhecimento ou apenas ação; é conhecimento e ação e também ser. Seidade não significa existência enfadonha, prosaica mas, na região da consciência humana a qual nos referimos, ela contém uma riqueza de vida, uma completude de experiência a qual traz consigo um sentimento de suprema bem-aventurança e felicidade.

            Nós dissemos que o Caminho está dentro do coração. Aqui, a palavra ‘coração’ denota a sede da sabedoria, a sede de Buddhi, ou a intuição divina; não se refere ao coração físico, mas àquele lado da natureza de nossa consciência o qual tem a ver com sentimento, emoção e apreensão intuitiva das coisas. É por meio do conhecimento interior que nós progredimos no reino espiritual. Nós nunca podemos fazer nosso caminho somente pela mente (pensamento), pois essa tende a ser fragmentada e discursiva e tudo o que nós observamos somente com ela é meramente superficial. Não é pelo uso da mente como nós a conhecemos, mas por meio do conhecimento intuitivo ou interior que nós temos que fazer a jornada. Esse não é um conhecimento à distância no qual nós vemos o exterior do objeto e inferirmos a sua natureza interior a partir disso, mas conhecimento de sua natureza interior de dentro do objeto, como se assim fosse — fundindo (nossa consciência) com a vida ou consciência que mora dentro dele.

Conhecimento Direto É Possível

            Nós podemos ainda não ter desenvolvido a habilidade em usá-lo, mas tal conhecimento é possível ao homem, pois a faculdade existe em germe em todos. Portanto, é possível para todos (NT: no devido tempo; tendo alcançado a devida maturidade) elevar-se para outro nível de consciência onde o conhecimento não é mais algo à distância, alcançado apenas por meio da comparação e do raciocínio, mas é direto, imediato e certeiro.

            É dito que o místico é diferente do ocultista no sentido que ele sente mais do que conhece. Mas a fim de sentir a natureza de uma coisa como ela é o indivíduo tem que alcançar uma grande pureza de natureza, não colorida por qualquer tipo de emoção pessoal, pois se nós não podemos pôr de lado reações pessoais, não será possível conhecer a verdadeira natureza de uma pessoa ou de uma coisa através do sentir.

            No reino da intuição espiritual ou de Buddhi, a diferença entre sentimento e conhecimento desaparece, de modo que sentir é conhecer. Porque não conhecemos uma coisa a menos que também possamos sentir a sua natureza interna. Não conhecemos uma pessoa — embora possamos estudar suas características e essa pessoa em detalhes — a menos que compreendamos sua natureza interna e essa pode ser conhecida somente por meio de identificação direta de nós mesmos com aquela pessoa. A natureza interna de cada coisa, seja ela uma árvore, um animal ou mineral, tem muitos níveis incluindo o psíquico e o espiritual. A natureza espiritual é sempre pura e o indivíduo tem que ir muito profundamente ao interior a fim de chegar até ela.

            O Caminho, em seu verdadeiro sentido, nada tem a ver com psiquismo. Ver formas e cores invisíveis aos outros, ou ouvir sons que eles não ouvem é irrelevante no que diz respeito a trilhar o Caminho Espiritual. O homem tem muitas faculdades que, na maioria de nós, ainda não foram desenvolvidas, mas que serão necessariamente desabrochadas e usadas no curso de nossa evolução. Essas habilidades, no entanto, não resolvem aqueles problemas pessoais que surgem em nossas relações com os outros, elas não facultam o surgimento do verdadeiro, profundo contentamento, elas não trazem a experiência de paz ou a exaltação de pura alegria. Por outro lado, elas bem podem nos distrair e, se elas são prematuramente desenvolvidas ou forçadas, nós podemos não ser capazes de empregá-las em nosso próprio verdadeiro benefício e em benefício de outros.

Místico e Ocultista

            A diferença entre o místico e o ocultista pode-se dizer que está no fato do primeiro ser negativo, ou mais sensitivo, enquanto o último é positivo — os dois termos devendo ser compreendidos em seu mais elevado sentido. O místico corresponde ao introvertido e o ocultista ao extrovertido. Mas estar aberto interiormente não é estar fechado para os outros, enquanto que voltar-se para o exterior não é estar fechado interiormente.

            Na vida nós temos que compreender certas coisas e essa compreensão tem que ser implementada por meio da ação. A compreensão e a ação são necessárias, pois se o indivíduo age sem verdadeira compreensão — sem compreender a natureza da base na qual ele age, ou a base das razões para essas ações — ele meramente age mecanicamente, fazendo as mesmas coisas uma e outra vez. O que é alcançado por tal ação é muito superficial e somente de efeito temporário. Deve haver, portanto, uma profunda realização das verdades que serão expressas em ação, pois se somente há realização sem a ação aquela realização não pode ser muito profunda. Quando a realização é vital — carregada de uma qualidade viva — ela inevitavelmente resultará em ação. Se uma verdade que o indivíduo preza e que está em seu coração não tem força e vitalidade suficiente para estar manifestada em nosso comportamento, em nossa conduta e em nosso relacionamento com os outros, ela é anêmica, vaga e inerte. De fato, nesse caso, não se trata de uma verdadeira realização.

            A ação, certamente, não está confinada somente ao plano físico, pois há ação nos níveis do sentimento, da emoção e do pensamento. Pensar e meditar com um propósito, direcionando os pensamentos para certos fins, é do mesmo modo “ação” como uma atividade no plano físico.

            Há outra distinção entre o ocultista e o místico. O primeiro exemplifica a verdade que conhecimento é poder e usa seu conhecimento para o atingimento de metas escolhidas. Porém se ele está também trilhando o Caminho Espiritual esses fins devem ser beneficentes, voltados para auxiliar os outros em seus caminhos de elevação. O místico, no entanto, está voltado para o interno e está sobretudo ocupado com as experiências dentro dele mesmo. Há perigos em ambos os Caminhos. O ocultista pode ser tentado a ter prazer em usar seus poderes para dominar outros, enquanto que o místico pode tender a se tornar altamente preocupado consigo mesmo, tendo sensitividades internas as quais, no longo prazo, não auxiliam nem a ele mesmo nem a outras pessoas. Em um estágio bem elevado esses dois Caminhos se fundem um no outro, porque seja qual for a compreensão que é alcançada não é apenas para si mesmo, mas é de bom grado compartilhada com outros, embora nunca seja imposta sobre eles.

            Outras diferenciações são algumas vezes feitas entre os Caminhos da Ação, do Conhecimento, da Devoção ou Amor, mas as diferenças aparecem somente nos estágios iniciais. Em algum momento todos devem se fundir em um só. Todas as distinções desaparecem quando nós vamos profundamente o suficiente internamente para encontrar aquilo que está buscando florescer dentro de nós mesmos. Num certo momento nos encontramos em uma dada posição — em alguma situação, em algum relacionamento, em algum curso de ação — e a partir daquele momento nós temos que prosseguir para o próximo. Aquilo que nós chamamos o Caminho é realmente o pleno desenvolvimento do homem, pois todos os lados de sua natureza devem ser perfeitamente desenvolvidos. Ele necessita possuir uma capacidade para amar e simpatizar; ele necessita conhecimento que é total e profundo; ele também necessita do poder de ação eficaz e desinteressada nascida de seu entendimento e compreensão.

            Se nós quisermos viver nossas vidas de forma inteligente temos que fazer nosso próprio caminho à medida que avançamos. O Caminho não pode ser desbravado para nós por outra pessoa, embora, como já foi indicado, outro possa expressar de um modo genérico onde ele está ou não está. O outro pode nos alertar de perigos, de terreno traiçoeiro e falsas trilhas. Mas ninguém pode nos dar as experiências que são tão exatamente adequadas para trazer aquela expansão de vida e aquele auto desenvolvimento que para nós, na realidade é o Caminho. É por essa razão que é dito que nós não podemos trilhar o Caminho a menos que nos tornemos o próprio Caminho, pois ele é uma transformação, um desabrochar de nós mesmos. Todos têm que chegar à verdade de sua própria maneira; o indivíduo tem que viver a sua própria vida e fazer descobertas por meio de sua própria experiência.

Discernimento É Necessário

            Aquilo que é mais necessário no Caminho é discernimento todo o tempo entre o verdadeiro e o falso. Você pode pensar que certa trilha agradável o levará na direção de sua meta, mas depois descobre que esse era um beco sem saída. Mas se o viajante tem dentro de si mesmo em algum grau, mesmo que em estado germinal, um conhecimento interno do bom, do verdadeiro e do belo, ele será capaz de encontrar seu caminho cedo ou tarde. A pessoa que nunca, em toda sua vida, tiver recebido demonstração de bondade, ou do valor da verdade não seria capaz de distinguir bondade de brutalidade, verdade de falsidade. Porém, de fato, todo indivíduo tem um raio de luz interior o qual o capacita para fazer essas distinções. No momento em que alguém pronuncia algo bonito ou feio, um senso do bonito é indicado por aquela avaliação. Aquele sentido interno de bondade, verdade e beleza é capaz de crescer e é através disso que nós temos que encontrar o nosso caminho. Um indivíduo pode argumentar, pode desenhar diagramas e traçar cursos de ação, mas o avanço real é feito por seguir certo instinto certeiro, um caminho inequívoco que é indicado desde o interior.

            Não podemos nunca progredir somente por meio da mente sem aquela orientação interior, porque a mente é muito inclinada a ir por rumos errados. Se usarmos a mente, por si só, para formar conclusões é muito provável que cheguemos a decisões que são as mais convenientes somente para nós mesmos. Nossas crenças e ideias podem surgir de nosso próprio pensamento guiado pelo desejo, construído a partir de certas forças em nosso subconsciente. Assim, é muito provável que encontraremos um homem rico apoiando os capitalistas, enquanto que um homem pobre provavelmente pertencerá a um partido socialista. Eles geralmente não apoiam o partido de sua escolha baseados em considerações impessoais a respeito de sistemas econômicos e tendo o bem-estar de todos em seus corações. As pessoas geralmente decidem essas questões de acordo com suas próprias predileções e preconceitos, e depois eles encontram argumentos para apoiar a política ou a tese que adotaram. A mente, por si só, não pode levar a pessoa à verdade. Isso não significa que a mente não tenha valor, mas ela tem que ser tornar um instrumento para uma inteligência superior. Essa inteligência superior reside em todos, embora na vasta maioria das pessoas ela ainda esteja pouco desenvolvida. Diz-se que o corpo causal cresce ao incorporar vários elementos a partir das experiências ganhas na terra; o que é de valor é assimilado à natureza daquele Ser imortal, imperecível, e aquilo que não tem valor é rejeitado. Naquele Ser Superior — o Ego — há certo instinto por meio do qual essa distinção é efetuada. Assim, dentro de nós mesmos reside aquele poder de discernimento que nos capacita distinguir o verdadeiro do falso, o belo do grosseiro e feio, aquilo que é beneficente daquilo que é prejudicial.

            Já foi dito a respeito do cisne da fábula que ele pode separar o leite puro das misturas aquosas. O “leite” é aquilo o que é necessário para a nutrição da Alma Divina, enquanto que a “água” representa as experiências materiais. O mero experimentar de prazer ou dor, por si só, não nos fará crescer; temos que digerir as experiências e transmutá-las naquelas qualidades de sabedoria e verdade. O cisne é um símbolo da inteligência espiritual, o princípio no homem por meio do qual ele pode separar infalivelmente o verdadeiro do falso. É essa inteligência que nós temos que desenvolver ao trilhar o Caminho Oculto, Místico ou Espiritual.

            Vimos que o discernimento é necessário para trilhar com segurança o Caminho desde seu início até seu final — se é que há um final. Em todos os momentos de nossas vidas somos chamados a decidir. Essas decisões devem ser espontâneas, surgindo desde o centro profundo do nosso ser e não a partir de forças do automatismo na natureza material, de modo que nossas ações não sejam decididas e determinadas pelos pensamentos e desejos passageiros de cada momento. Isso seria meramente o produto de correntes de pensamento se movendo dentro de nós mesmos, e estabelecendo gostos e desgostos os quais agem e reagem independentes de nós mesmos. Por outro lado, a ação através da compreensão intuitiva é de um tipo diferente. Nela não há incerteza, pois não é ação surgindo do passado, mas do princípio Divino na natureza do indivíduo, o qual infalivelmente indica o caminho.

Verdadeira Base para a Ação

            Quando um homem chega a esse estágio ele age a partir de pura compreensão e não porque ele é guiado por forças que o pressionam de fora. A maioria das pessoas é atraída ou repelida pelas coisas ao seu redor e eles são movidos, de maneira mais forte ou mais fraca, pela força das circunstâncias externas. Na maioria das vezes nós reagimos às coisas, mas chamamos essa reação de ação. Mas a verdadeira base para a ação não é a necessidade ou o desejo pessoal, mas uma verdadeira compreensão ou realização da unidade essencial da vida — aquilo que é bom para você é tão importante quanto aquilo que é bom para mim. Quando há essa compreensão não há mais qualquer distinção entre a minha própria vantagem, o meu bem, o meu progresso e a minha felicidade e a felicidade e o progresso de todos. Se tivermos a atitude de desejar o que é bom para todos, seremos capazes de enfrentar cada situação e entendê-la completamente porque o nosso entendimento não será prejudicado por nossas necessidades e desejos pessoais, e nossas ações nascerão a partir daquele entendimento. Tal ação é reta ação e surgirá espontaneamente. Esse é o verdadeiro caminho para fazer progresso na vida espiritual.

            A maioria de nós pode começar somente em uma pequena medida. Mas se prestarmos atenção para esse lado de nossa natureza, quando sentimos o desejo de avançar ao longo do reto caminho, se nós o encorajamos, descobriremos que nossa intuição do que é verdadeiro, bom e belo se torna um guia mais confiável. No momento ela (a intuição) pode ser quase desconhecida por nós; talvez, ocasionalmente, nós ouvimos seu sussurro, ou nos tornamos cônscios de um sinal quase imperceptível que vem do interior. Devemos dar ouvidos a esses sinais quando eles ocorrem. O pequeno livro Aos Pés do Mestre nos adverte que se não prestarmos atenção a cada palavra — se perdermos uma simples insinuação — ela estará perdida para sempre, pois o Mestre não fala duas vezes. Isso não se refere a qualquer Mestre externo, mas ao Mestre dentro de nós — o guia interno, a intuição ou inteligência espiritual. Quando uma indicação, por menor que seja, chega até nós, se não dermos ouvidos a ela o canal se tornará bloqueado por um processo natural. Portanto, se quisermos desenvolver esse sentido interno, devemos reconhecê-lo e então, seguindo sua orientação pôr em ação aquilo que entendemos ser certo, bom e valioso.

            É somente na medida em que praticamos a verdade que encontramos em nossos próprios corações que seremos capazes de chegar a uma mais plena abertura. Quando nos recusamos a agir, a corrente, como dissemos, fica bloqueada e não há mais fluir até que surjam circunstâncias que trazem um choque, por assim dizer e, uma vez mais, o caminho está aberto.

            Temos que ouvir, então, a orientação vinda do interior. Quando estamos inclinados ao que é bom e à coisa certa a fazer, devemos levar essa sugestão até sua lógica complementação na ação. Dessa maneira descobriremos que a voz interior nos falará mais claramente e se provará um guia seguro para nos levar mais adiante no caminho. (Reimpressão de: The Theosophist, Abril, 1979)
(N. Sri Ram. The Indian Theosophist, Abril 1989, Vol. 86, N°4, pp. 68-76)

 

 

 

Índice Geral das Seções   Índice da Seção Atual